- Home
- Mercado financeiro
- Economia
- Confiança do empresário cai 1,6% em setembro ante agosto, diz CNC
Confiança do empresário cai 1,6% em setembro ante agosto, diz CNC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), teve queda de 1,6% em setembro ante agosto, para 109,9 pontos. Foi a quinta queda consecutiva do indicador, e a mais intensa em cinco meses, detalhou a confederação. Na comparação com setembro do ano passado, a retração foi de 2,9%, no indicador.
Os três principais tópicos usados para cálculo do Icec mostraram queda em setembro ante agosto, detalhou ainda a CNC. É o caso dos recuos em condições atuais (2,5%); expectativas (1,8%) e intenções de investimentos (0,6%). Na comparação com setembro do ano passado, houve quedas de 6% e de 3,3%, respectivamente, nos dois primeiros tópicos; e aumento de 0,5% no terceiro tópico.
Em comunicado sobre o indicador, a entidade informou que a piora na percepção das condições atuais da economia foi “um ponto crítico” na formação do resultado.
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, classificou o cenário econômico brasileiro como “desafiador”.
“A perspectiva de mais inflação continua pressionando a confiança dos empresários, principalmente os do varejo”, afirmou, segundo o comunicado.
Ainda no entendimento dele, o recente aumento da taxa básica de juros (selic), que norteia juros de mercado, apesar de seu objetivo de conter a inflação, traz necessidade maior de prudência. “O custo do crédito mais elevado reduz a capacidade de investimento e consumo, e isso se reflete diretamente no otimismo do comerciante”, salientou Tadros.
Para o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, o cenário delineado pelo indicador aponta que a incerteza deve ser a tônica dos próximos meses. “Apesar de alguns sinais positivos, o cenário de juros e inflação ainda gera muita cautela. A melhora pontual no investimento não deve ser vista como uma tendência estável, mas sim como uma resposta a condições específicas do momento”, ressaltou ele.
Por setores, a queda da confiança foi mais forte no segmento de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos. Nesse campo, o Icec recuou 2,9% em setembro ante agosto. Já o comércio de vestuário, tecidos e calçados teve queda de 0,5%, no Icec, na mesma comparação – enquanto o de produtos duráveis, como eletrodomésticos e veículos, registrou queda de 2% na confiança.
*Com informações do Valor Econômico
Leia a seguir