Consumo das famílias atinge recorde mesmo com política monetária contracionista, diz IBGE
Famílias gastaram mais por desaceleração da inflação em 12 meses e pagamentos de benefícios do governo, diz IBGE
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O consumo das famílias também registrou no terceiro trimestre o maior patamar da série histórica iniciada em 1996, depois de avançar 1% entre julho e setembro frente ao trimestre imediatamente anterior. A afirmação é de Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto divulgou hoje as Contas Nacionais relativas ao terceiro trimestre.
Palis afirmou, em áudio disponível na página do IBGE, que a contribuição positiva do consumo das famílias aconteceu mesmo com a vigência de uma política monetária contracionista, com seguidos aumentos da taxa básica de juros.
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“Outros fatores influenciaram positivamente e impulsionaram as despesas de consumo das famílias nesse terceiro trimestre, como por exemplo a melhoria no mercado de trabalho, a desaceleração da inflação em 12 meses, o crescimento do crédito voltado às pessoas físicas, além da desoneração fiscal e dos auxílios governamentais como o Auxílio Brasil, o Auxílio Caminhoneiro e o Auxílio Taxista”, disse Palis, que lembrou que, além de atingir o maior patamar da série, o consumo das famílias ficou 3,5% acima do patamar pré-pandemia.
PIB positivo foi puxado por alta em serviços
Do lado da oferta, Palis destacou que a variação positiva 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre — o indicador também está no maior patamar da série histórica e 4,5% acima do nível pré-pandemia do quarto trimestre de 2019 — foi impulsionada pelos serviços, que pesam cerca de 70% da economia, com destaque para Outros Serviços que se beneficiaram da volta dos serviços presenciais.
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Os serviços subiram 1,1% no terceiro trimestre frente ao trimestre anterior, enquanto outras atividades de serviços cresceram 1,4%.
Palis destacou que a indústria também cresceu (+0,8%), mas por outro lado a agropecuária caiu no terceiro trimestre frente ao segundo (-0,9%), muito por conta do grande peso de culturas que estão com estimativas de queda de produção no ano, como a cana de açúcar e a mandioca.