Copel (CPLE6) dispara mais de 22% e ações de commodities metálicas caem com temor de covid-19 na China
Ações ligadas às commodities metálicas pressionaram negativamente o Ibovespa, refletindo preocupações com o aumento de casos de covid-19 na China
Entre as maiores altas do pregão da Bolsa desta segunda-feira (21), as ações da Companhia Paranaense de Energia, a Copel (CPLE6), disparou 22,4% após o governo do Estado do Paraná anunciar que tem a intenção de transformar a empresa em uma companhia de capital disperso e sem acionista controlador. O fato relevante comunicado pela empresa impulsionou seus papéis, mas também a de seus pares estaduais: Cemig (CMIG3) avançou 7,45% e Sabesp (SBSP3) ganhou 7,59%.
A decisão do governo paranaense de privatizar a Copel, lançando ações em poder do Estado no mercado financeiro, inclui a empresa num clube que vem deixando de ser seleto: o de companhias sem controlador definido, como uma “corporation”, o que pode dar capacidade de investimento a ainda estatal. Daí o mercado ter recebido tão bem a noticia. Além disso, a empresa pode garantir dividendos ao Paraná, que se mantém como acionista relevante.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Magazine Luiza (MGLU3) também aparece nos destaques positivos com alta de 7,62%, enquanto Cyrela (CYRE3) subiu 8,38% e Petz (PETZ3) avançou 6,6%.
A Petrobras (PETR4) reverteu perdas e fechou em alta de 0,3%, acompanhando a melhora do petróleo no exterior.
Últimas em Economia
Já entre as maiores perdas, destaque para as empresas ligadas às commodities metálicas, que foram pressionadas desde o início do pregão após notícias de aumento nos casos de covid-19 vindos da China.
A informação pressionou o minério de ferro e os papéis de empresas como Vale ON (-1,13%), CSN ON (-1,14%), Usiminas PNA (-2,37%).
“Estruturalmente, a cotação do minério não parece ter muito espaço para recuar, mas pressões de curto prazo como a política de covid zero e a fraqueza do mercado imobiliário da China”, diz Leandro Saliba, gestor de renda variável da AF Invest.