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Saiba como Copom avaliou o colapso do Credit Suisse e a quebra do SVB nos EUA
Sem citar diretamente o colapso do Credit Suisse e a quebra do Silicon Valley Bank (SVB), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) discutiu na última reunião as turbulências no setor bancário global observadas recentemente. O colegiado avaliou que o ambiente externo se “deteriorou” e que os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa “elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento”.
“Houve a liquidação de alguns bancos regionais nos Estados Unidos e a fusão de dois bancos suíços de grande porte, com aumento das preocupações em torno do sistema bancário nas economias centrais. O comitê seguirá acompanhando de forma atenta essa situação, analisando os possíveis canais de contágio, mas avalia que o impacto direto sobre os sistemas financeiros doméstico e de outros países emergentes é, até o momento, limitado, sem mudanças na estabilidade ou na eficiência desses sistemas financeiros”, aponta o documento divulgado nesta terça-feira (28).
Mesmo com a crise bancária no radar, ao decidir pela manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano, o Copom ressaltou a persistência da inflação global e as sinalizações dos banco centrais de juros elevados por um período prolongado.
“Leituras de inflação recentes apontam para alguma estabilização dos núcleos de inflação em diversos países em patamares superiores a suas metas e reforçam o caráter inercial do atual processo inflacionário. O ambiente inflacionário segue desafiador e o baixo grau de ociosidade do mercado de trabalho em algumas economias, aliado a uma inflação corrente persistentemente elevada e com alto grau de difusão, sugere que pressões inflacionárias, particularmente no setor de serviços, devem demorar a se dissipar”, aponta a ata.
“O processo de normalização da política monetária prossegue na direção de taxas restritivas de forma sincronizada entre países. Em várias economias emergentes, os ciclos de aperto chegam a uma pausa ou sugerem proximidade de seu fim. De toda forma, a sinalização majoritária entre as autoridades monetárias é de um período prolongado de juros elevados para combater as pressões inflacionárias, o que requer maior cautela na condução das políticas econômicas também por parte de países emergentes”, completa o documento.
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