Copom ‘tira o s’ e garante apenas outro corte de 0,5 ponto

Para diretores do BC, aumento das incertezas justifica previsão de corte apenas na próxima reunião

Fachada do Banco Central, em Brasília. (Foto: Divulgação)
Fachada do Banco Central, em Brasília. (Foto: Divulgação)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a visibilidade do mercado sobre seus próximos passos em relação à Selic.

Com uma mudança sutil no comunicado, o colegiado indicou que pretende fazer uma “redução de mesma magnitude na próxima reunião”.

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Assim, o recado difere do que fizera nos cinco encontros anteriores, quando a sinalização era de corte de 0,5 ponto nas “próximas reuniões”.

A mudança de tom veio junto com o anúncio nesta quarta-feira (20) de outro corte, o sexto em sequência, que levou a taxa básica a 10,75% ao ano, menor nível em dois anos.

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O que mudou?

De maneira geral o comunicado que acompanhou a decisão desta quarta veio em linha com o de janeiro.

Pequenos ajustes na redação do texto, porém, dão uma pista sobre elementos que ganharam mais relevância na análise do Copom.

Numa delas, o comunicado afirma que “as medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.”

Em janeiro, a avaliação do órgão foi de que as medidas “se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.”

Dessa forma, além do cenário internacional, os diretores do BC agora acrescentaram o doméstico como ingrediente de incertezas

“Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”, diz o texto.

Nas últimas semanas, alguns economistas apontaram para a possibilidade de o Copom parar de sinalizar o que faria nas reuniões seguintes.

Isso, segundo eles, daria maior autonomia para decidir os próximos passos, uma vez que a Selic se aproxima da fronteira de um dígito ao ano.

A maioria do mercado prevê que a taxa básica fechará 2024 na faixa de 9% a 9,5% ao ano.

Pós-Fed

A decisão veio horas depois de o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) ter mantido a o juro do país no intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano.

Os nove membros do Copom voltarão a se reunir em 7 e 8 de maio para uma nova decisão sobre a taxa básica.

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