Petrobras: Adriano Pires assume o cargo
Silva e Luna estava há menos de um ano no cargo. No período, gasolina subiu 32,3%
A troca no comando da Petrobras foi confirmada no início da noite pelo Ministério de Minas e Energia. O economista Adriano Pires, especialista do setor de óleo de gás e com interloculação com políticos em Brasília, irá assumir o cargo, também confimou o MME.
O MME publicou nota, após às 19h, para apontar que “consolidou a relação de indicados do Acionista Controlador para compor o Conselho de Administração da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, a ter efeito a partir da confirmação pela Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá em 13 de abril de 2022”.
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No comunicado, o ministério confirma Rodolfo Landim para o exercício da presidência do Conselho da estatal; e Adriano Pires, para o exercício da presidência da empresa.
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pires é especialista em energia. O Planalto vinha buscando uma pessoa do setor privado de energia, para colocar no comando da estatal.
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Em meio à crise dos combustíveis, Bolsonaro decidiu substituir o general da reserva Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras. Silva e Luna já não tinha mais o apoio de militares do governo. O único que o apoiava, até a semana passada, era o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Nomeado há um ano, Silva e Luna não conseguiu resolver o problema da escalada dos preços dos combustíveis, uma missão que lhe foi delegada pelo próprio Bolsonaro.
Nas últimas semanas, Bolsonaro levou a público em discursos a irritação com Silva e Luna. Criticou o presidente da Petrobras por não ter aguardado a sanção do pacote de combustíveis aprovado no Congresso antes de anunciar o aumento de até 18% no preço da gasolina.
Currículo
Adriano Pires é doutor em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII (1987), mestre em Planejamento Energético pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1983) e economista formado pela UFRJ (1980).
O atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura atua há mais de 30 anos na área de energia. Sua última experiência no governo foi na Agência Nacional de Petróleo (ANP), onde atuou como assessor do diretor-geral, superintendente de Importação e Exportação de petróleo, seus derivados e gás natural e superintendente de Abastecimento.