Credit Suisse elenca desafios de Paul Prates à frente da Petrobras

Analistas do banco de investimentos não acreditam em grandes mudanças de preços; entenda o motivo

O ex-senador Jean Paul Prates, indicado para a presidência da Petrobras. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O ex-senador Jean Paul Prates, indicado para a presidência da Petrobras. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O futuro diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, terá o difícil desafio de conciliar retórica política com a realidade econômica e de governança da companhia, diz o Credit Suisse.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que a indicação de Prates, atualmente senador pelo Rio Grande do Norte e filiado ao PT, confirmam as incertezas envolvendo a estratégia da companhia.

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“Esperamos mudanças nas estratégias de preços, distribuição de dividendos e de investimentos, mas questão real é quão drásticas essas mudanças vão ser”, pondera o banco.

Dividendos devem se manter 25% acima do lucro

Eles notam que a dependência do Brasil na importação de diesel e as leis do país devem impedir grandes mudanças na política de preços. A distribuição de dividendos deve se manter acima do mínimo legal de 25% do lucro.

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O aumento de investimentos, com Prates já demonstrando interesse em aumentar a participação da Petrobras no movimento de transição energética, preocupa, reduzindo retornos aos acionistas.

Na visão dos analistas, o currículo de Prates no setor é inquestionável, com ampla experiência em petróleo e gás, o que não deve causar problemas em sua aprovação pela Petrobras após seu nome ser oficialmente enviado para análise pela União.

O Credit Suisse tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 16 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 50,2% sobre o último fechamento.

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