Bitcoin e ether voltam a subir apesar de ataque a carteiras da Solana
Tensão geopolítica também trouxe volatilidade ao mercado de criptos
As duas maiores criptomoedas, bitcoin e ether, voltaram a subir nesta quarta-feira apesar da tensão nos mercados globais e do ataque a carteiras digitais da rede Solana. A valorização segue a recuperação nas bolsas europeias e dos futuros de ações nos EUA.
Hackers atacaram o ecossistema da Solana no início da manhã desta quarta-feira afetando milhares de carteiras. No início da semana, o protocolo de bridge Nomad, que faz a ligação entre diferentes blockchains, já havia sido atacado.
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Segundo a Elliptic, empresa de segurança em blockchain, pouco mais de US$ 5,2 milhões em criptoativos foram roubados até agora de mais de 7.900 carteiras da Solana. A empresa de segurança PeckShield disse que quatro endereços de carteira da Solana perderam aproximadamente US$ 8 milhões das vítimas. As causas do incidente ainda não estão claras, segundo a Solana.
O ataque fez com que o token SOL da Solana caísse até 7,3%, para US$ 38,40 no início dos negócios desta quarta. Perto das 9h (horário de Brasília), a solana era negociada a US$ 39,63, com baixa de 2,6% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko.
Já o bitcoin subia 2% a US$ 23.389,14 e o ether, moeda digital da rede ethereum, tinha alta de 4,5%, negociado a US$ 1.663,94. O valor de mercado combinado de todas as criptomoedas somava US$ 1,12 trilhão. Em reais, o bitcoin valia R$ 123.373,86 (alta de 2,43%) e o ether, R$ 8.792,16 (alta de 3,19%), de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Para Pedro Dias, trader do MB, a tensão geopolítica motivada pela visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan trouxe alta volatilidade para os mercados, incluindo as criptomoedas na terça.
“Como a tensão não passou de ameaças e declarações do governo chinês, o mercado cripto respirou, e arrefeceu parte da queda nesta manhã de quarta. Assim, o bitcoin segue dando sinais de recuperação no médio prazo.”
Segundo Hugo Trombini, head de criptoativos da Hurst Capital, o bitcoin está em seu nível mais alto em seis semanas. Analisando os gráficos, Trombini aponta que a criptomoeda está com uma relação bastante incomum com a média móvel de 200 períodos no gráfico semanal. “A média se tornou uma resistência em vez de um suporte, como é historicamente normal para o ativo”, comenta.