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Desaceleração da economia da China derruba preços do petróleo
Os preços do petróleo fecharam em forte queda nesta segunda-feira pressionados por preocupações envolvendo tanto a demanda como a oferta. De um lado, dados econômicos da China revelaram uma desaceleração econômica no país que pode derrubar a demanda pelo combustível. A China é o país que mais importa petróleo no mundo. De outro, um acordo nuclear com o Irã pode trazer o país de volta ao mercado, adicionando mais oferta do produto em um momento em que a demanda esfria.
O contrato futuro de petróleo Brent para outubro – referência mundial – fechou em queda de 3,10% a US$ 95,10 por barril enquanto o WTI para setembro caiu 2,9% a US$ 89,41. A nova queda – se mantida – vai reduzir ainda mais o preço da gasolina nos Estados Unidos, onde o preço do galão já caiu de US$ 5 em junho para atuais US$ 3,96.
Os dados chineses surpreenderam os investidores, que esperavam que a economia estivesse em melhor forma. A produção industrial aumentou 3,8% em julho em relação ao mesmo mês do ano anterior, ligeiramente abaixo do aumento de 3,9% em junho. O dado ficou bem abaixo dos 4,5% esperado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”. Os lockdowns provocados pela covid-19 na China e a desaceleração chinesa são os principais fatores da queda do preço do petróleo apesar da pressão altista da guerra da Ucrânia.
Além da desaceleração da China, a oferta de petróleo pode ser impulsionada em breve. Os negociadores dos EUA e da Europa estão perto de um acordo nuclear com o Irã que encerraria o embargo ao petróleo do país e adicionaria centenas de milhares de barris de petróleo por dia ao mercado.
“Os traders estão se preparando para novas quedas, aumentando a proteção para recuos”, disse Robert Yanger, diretor de futuros de energia da Mizuho Securities. Analistas do Citi também estão prevendo mais quedas, observando que gestores de fundos estão reduzindo suas posições compradas no petróleo. O Citi projeta que os preços do petróleo podem cair para um nível entre US$ 80 e US$ 85 nas próximas semanas.
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