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Desaceleração no varejo é ‘pouso suave’, diz FecomercioSP
A queda do volume de vendas no varejo, tanto no conceito restrito quanto no ampliado, em agosto, não chega a despertar grande preocupação na FecomercioSP. Na avaliação de Fabio Pina, assessor econômico da entidade, agosto é um mês com poucas motivações de compra para os consumidores, apesar do Dia dos Pais.
Além disso, Pina prefere fazer as análises observando o período maior de 12 meses. Assim, na comparação com agosto do ano passado, o varejo restrito cresceu 5,1% e o ampliado subiu 3,1%. No acumulado de janeiro a agosto de 2024, ambos também apresentam desempenho positivo, com altas de 5,1% e 4,5%, respectivamente, de acordo com os dados do IBGE.
“Eu vejo um desempenho ainda positivo, embora haja alguma desaceleração. Temos um consumo que está crescendo e há uma pressão para alta de juros”, disse Pina. “É um pouso que considero suave, que não vai gerar recessão, e tende a manter um crescimento equilibrado do consumo sem desconsiderar a pressão inflacionária”, acrescentou.
Diante do cenário, Pina mantém a previsão de crescimento acima de 3% do varejo em 2024, apesar da queda sazonal em agosto. Para ele, as vendas principalmente de dezembro serão alavancadas pelo aumento da massa salarial, que em agosto atingiu o maior nível desde 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
“Me parece que a desaceleração nesse momento é um pouso bem controlado. Mas vamos ter uma massa salarial 10% maior no fim do ano, que é o período realmente forte para varejo. Esse estímulo no Natal deve ser relevante e pode ser inclusive um ponto fora da curva nessa desaceleração suave”, conclui Pina.
*Com informações do Valor Econômico
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