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Desemprego sobe acima do teto das projeções no trimestre até janeiro
A taxa de desemprego no país subiu para 8,4% no trimestre móvel encerrado em janeiro. O resultado ficou acima do verificado no trimestre móvel anterior, encerrado em outubro (8,3%) e abaixo do resultado de igual período de 2022 (11,2%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em dezembro, a taxa estava em 7,9%.
O resultado ficou acima da mediana das expectativas de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Econômico, que apontava para uma taxa de 8,2% no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2023. O intervalo das projeções ia de 8% a 8,3%. Ao final de 2022, o IBGE calculava que 9,3% dos brasileiros estavam desempregados.
Número de desempregados está estável, aponta Pnad
No trimestre encerrado em janeiro, o país tinha 9 milhões de desempregados — pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego —, mas não conseguiram encontrar. O número aponta um recuo de 0,3% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em outubro (menos 27 mil pessoas), mas que é classificado como estabilidade pelo IBGE por estar dentro da margem de erro da pesquisa. Frente a igual período de 2022, houve queda de 25,3% (menos 3 milhões de pessoas).
Entre novembro e janeiro, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 98,6 milhões de pessoas. Isso representa um recuo de 1% em relação ao período entre agosto e outubro (menos 1 milhão de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2022, subiu 3,4% (3,2 milhões de pessoas).
Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 107,6 milhões no trimestre móvel encerrado em janeiro, 1% a menos do que no trimestre móvel anterior, encerrado em outubro (menos 1 milhão de pessoas), e estabilidade frente a igual período do ano anterior.
Renda média real cresce 1,6% no trimestre
A renda média dos trabalhadores avançou 1,6% no trimestre móvel encerrado em janeiro, ante trimestre móvel anterior (encerrado em outubro) para R$ 2.835, segundo a Pnad Contínua. A diferença é de R$ 45 a mais. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos.
Na comparação com igual trimestre de 2022, houve alta de 7,7% (R$ 202 a mais).
Já a massa de rendimentos real habitualmente recebidos por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 275,134 bilhões no trimestre móvel encerrado em janeiro.
O número aponta variação de 0,8% frente ao trimestre móvel anterior (encerrado em outubro) ou R$ 2,156 bilhões a mais. O movimento foi classificado como estabilidade pelo IBGE por estar dentro da margem de erro da pesquisa. Frente a igual período de 2022, houve aumento de 11,9% (mais R$ 29,156 bilhões).
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