Desemprego aumenta para 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro
Nível de desemprego aumenta, mas taxa de desocupação é a menor para um trimestre desde 2015
A taxa de desemprego no país foi de 8,6% no trimestre móvel encerrado em fevereiro. O resultado ficou acima do verificado no trimestre móvel anterior, de 8,1% encerrado em novembro e abaixo do resultado de igual período de 2022 (11,2%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a menor taxa para um trimestre até fevereiro desde 2015 (7,5%). No trimestre encerrado em janeiro, o desemprego estava em 8,4%.
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O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 30 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 8,7% no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2023. O intervalo das projeções ia de 8,1% a 8,9%.
Aumento de 5,5% de brasileiros desempregados
No trimestre encerrado em fevereiro, o país tinha 9,224 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta aumento de 5,5% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em novembro (mais 483 mil pessoas) e queda de 23,2% frente a igual período de 2022 (menos 2,792 milhões de pessoas).
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Entre dezembro e fevereiro, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 98,122 milhões de pessoas. Isso representa um recuo de 1,6% em relação ao período entre setembro e novembro (menos 1,571 milhão de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2022, subiu 3% (2,888 milhões de pessoas).
Já a força de trabalho — que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade — estava em 107,346 milhões no trimestre móvel encerrado em janeiro, 1% a menos do que no trimestre móvel anterior, encerrado em novembro (menos 1,088 milhão de pessoas), e 0,1% acima de igual período do ano passado (mais 97 mil pessoas).
Carteira assinada
Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 36,8 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 6,4% (mais 2,2 milhões de pessoas) na comparação anual.
Já o número de funcionários empregados sem carteira assinada no setor privado caiu 2,6% (menos 349 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e cresceu 5,5% (678 mil pessoas) no ano. Atualmente, esse contingente representa 13 milhões de trabalhadores.