Desemprego recua para 11,6% em novembro, com 12,4 milhões na fila por trabalho
Mesmo com a melhora do cenário, a renda média do trabalhador continua em queda
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que a taxa de desocupação caiu para 11,6% no trimestre encerrado em novembro de 2021, um recuo de 1,6 ponto percentual na comparação com o trimestre móvel finalizado em agosto. Eram 12,4 milhões na fila por um posto de trabalho no país, uma redução de 1,5 milhão de pessoas no período. Já o número de pessoas ocupadas aumentou 3,5%, com 3,2 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho.
“Esse resultado acompanha a trajetória de recuperação da ocupação que podemos ver nos últimos trimestres da série histórica da pesquisa. Esse crescimento também já pode estar refletindo a sazonalidade dos meses do fim de ano, período em que as atividades relacionadas principalmente a comércio e serviços tendem a aumentar as contratações”, destaca a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
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O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado aumentou 4%, o que representa 1,3 milhão de pessoas. Também houve aumento de 7,4% no contingente de empregados sem carteira no setor privado, ou adição de 838 mil pessoas. Na categoria dos trabalhadores domésticos, o aumento na ocupação foi de 6% (mais 315 mil pessoas).
A taxa de informalidade foi de 40,6% e se manteve estável, mas houve uma elevação no número de trabalhadores informais. “Do crescimento de 3,2 milhões de trabalhadores no número de pessoas ocupadas, 43% vieram do trabalho informal. Então, embora a informalidade continue se destacando na expansão da ocupação, a participação do trabalho formal no setor privado vem aumentando e contribuindo também para a recuperação da ocupação no país”, observa Beringuy.
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A Pnad Contínua apurou ainda que, enquanto a massa de rendimento real habitual permaneceu estável, ao ser estimada em R$ 227 bilhões, o rendimento real habitual caiu 4,5% entre os trimestres. O valor médio que os trabalhadores receberam foi estimado em R$ 2.444 no trimestre encerrado em novembro, o menor já registrado pela série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
“Isso significa que, apesar de haver um aumento expressivo na ocupação, as pessoas que estão sendo inseridas no mercado de trabalho ganham menos. Além disso, há o efeito inflacionário, que influencia na queda do rendimento real recebido pelos trabalhadores”, completa a coordenadora do IBGE.