Desenrola: negociações superam R$ 8 bilhões; inadimplência tem queda em julho
Segundo a Febraban, entidade que representa o setor bancário, quase 1 milhão de pessoas já entraram no programa
Os bancos do país já renegociaram R$ 8,1 bilhões em dívidas dentro do programa Desenrola, informou nesta quarta-feira (16) a Febraban.
Os números referem-se a dívidas de clientes com renda mensal entre dois salários-mínimos e R$ 20 mil e que não estejam incluídos no Cadastro Único do governo federal.
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Em número de contratos, o número de renegociações chegou a 1,296 milhão, de um total de 985 mil clientes, segundo a Febraban.
A adesão ao programa vai até 31 de dezembro.
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Desde 17 de julho, quando o Desenrola começou, os bancos também excluíram cerca de 5 milhões de registros de negativados, clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100,00.
Inadimplência em queda
Dados da Serasa, também divulgados nesta quarta, mostram que o número de brasileiros que não consegue pagar suas contas teve em julho a segunda baixa mensal seguida.
No mês, houve redução de 34.495 mil pessoas na comparação com junho. Essa é a primeira vez, desde junho de 2021, em que são registradas duas retrações em sequência.
Agora, conforme a Serasa, são 71,41 milhões de pessoas inadimplentes no país.
O desequilíbrio das finanças atinge 43,72% da população adulta. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens.
As faixas etárias mais afetadas são de 41 a 60 anos de idade (35%) e de 26 a 40 anos de idade (34,6%).
O que puxou a queda?
O Mapa da Inadimplência da Serasa destaca que os principais responsáveis pela segunda queda consecutiva dos números foram os débitos com bancos e cartões de crédito
“Essa boa notícia pode estar ligada aos primeiros impactos do Programa Desenrola Brasil, do Governo Federal, que desde 17 de julho estimula a negociação de dívidas com as instituições financeiras”, aponta a empresa em nota.
Segmento que sempre lidera o volume de inadimplentes, as dívidas com bancos e cartões de crédito registraram uma redução de 1,60 ponto percentual, passando de 31,13% em junho deste ano para 29,53% em julho, a maior queda na representatividade desse segmento registrada desde janeiro de 2019.