Retenção de dividendos da Petrobras não tem nada a ver com intervenção, diz ministro

Rui Costa também comentou em entrevista sobre a possibilidade de Gabriel Galípolo ser indicado à presidência do Banco Central

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao lado do presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao lado do presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que “Jean Paul Prates e diretoria da Petrobras têm feito um bom trabalho”, ao reforçar que decisão da Petrobras (PETR4) de reter os dividendos extraordinários não tem a ver com intervenção do governo, durante entrevista à GloboNews.

“Havia um parecer técnico dizendo que naquele momento seria um excesso de apetite ao risco a distribuição dos dividendos extraordinários, ao que indicava prudência, um cuidado maior”, disse o ministro.

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“Então o Conselho seguiu o parecer técnico da Petrobras. Não tem nada a ver com intervenção do governo.”

As observações de Rui Costa estão em consonância com as afirmações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que voltou a rechaçar nesta semana as críticas feitas pelo mercado por conta do episódio sobre a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras.

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Silveira considerou uma distorção o governo ser classificado de intervencionista por conta do caso.

“Nós nada mais fizemos do que exercer nosso direito de discutir com nossos conselheiros indicados pelo governo, dentro da lei, respeitada a governança da Petrobras e a sua natureza jurídica, a destinação correta dos dividendos extraordinários”, disse, durante a entrevista.

Futuro presidente do Banco Central

Em meio ao debate sobre a sucessão no Banco Central, em entrevista à GloboNews, o ministro da Casa Civil do Brasil, Rui Costa, concordou com a tese da apresentadora de que o nome de Gabriel Galípolo – sem citá-lo nominalmente – é o provável substituto de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central (BC).

“Sobre o BC, a escolha é do presidente Lula. É uma boa teoria de que o primeiro nome é sempre o nome mais forte”, disse em referência a Galípolo, diretor de Política Monetária da instituição.

“Então é um quadro técnico extraordinário, competente. Mas a decisão ficará para o momento adequado, ao presidente Lula que ao final do ano, momento em que ele deve indicar, ele fará a indicação”, concluiu

No entanto, as conversas sobre a sucessão no Banco Central já correm a passos largos e envolvem o presidente Roberto Campos Neto, que vem sugerindo nos bastidores mais tempo para se concretizar a troca de comando na instituição – ou seja, que o anúncio do novo nome seja feito mais cedo.

O mandato dele se encerra em 31 de dezembro, na primeira substituição sob o sistema de mandatos fixos no BC, iniciado em 2021

Com informações do Estadão Conteúdo

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