Dólar à vista encerra sessão em leve queda em linha com pares ligados a commodities
O dólar à vista encerrou a sessão desta quarta-feira (2) em leve queda, acompanhando o movimento de moedas ligadas a commodities. Mais uma onda de relatos sobre uma recuperação da economia da China pode ter ajudado as divisas. Hoje, ventos favoráveis vieram de notícias sobre a recuperação das ações de empresas imobiliárias em Hong Kong. […]
O dólar à vista encerrou a sessão desta quarta-feira (2) em leve queda, acompanhando o movimento de moedas ligadas a commodities. Mais uma onda de relatos sobre uma recuperação da economia da China pode ter ajudado as divisas.
Hoje, ventos favoráveis vieram de notícias sobre a recuperação das ações de empresas imobiliárias em Hong Kong. No radar também esteve a elevação do rating do Brasil pela Moody’s, mas operadores de câmbio apontam que o benefício do anúncio no mercado de câmbio pode ter se dissolvido ao longo da sessão, o que ficou evidente pelo mercado futuro do dólar, que devolveu boa parte da apreciação da última sessão.
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Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em queda de 0,36%, cotado a R$ 5,4441, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,4050 e encostado na máxima de R$ 5,4512. Já o euro comercial encerrou a sessão em queda de 0,50%, a R$ 6,0163. Entre as moedas com melhor desempenho estavam o rand sul-africano, a coroa norueguesa e o peso colombiano. Já o índice DXY apreciava 0,42%, aos 101,614 pontos, perto das 17h15.
O dólar à vista iniciou a sessão em forte queda, superior a 1%, mas, ao longo das negociações, houve uma correção de excessos. O termômetro usado pelo mercado para observar o efeito da elevação de rating no Brasil pela Moody’s acabou sendo o mercado futuro do dólar para novembro. Como o mercado ainda estava aberto quando a notícia circulou ontem, o real apreciou no mercado futuro. Hoje, porém, boa parte dessa apreciação se desfez. Operadores, assim, ponderaram o peso da elevação do rating.
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“A notícia da Moody’s é boa. Mas há alguns pontos que geram dúvidas”, diz o diretor de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt. “De fato temos um crescimento, mas quanto disso veio de gastos fiscais e parafiscais? Não consigo entender uma redução do custo da dívida porque o volume nominal vai subir e a taxa de juros saiu de 10,5% e deve ir para 12%. Como o custo da dívida pode diminuir em um cenário desse?”, questiona. “Só se estiverem falando de muito longo prazo. Porque nos próximos meses e no próximo ano não têm como cair o custo da dívida.”
No caso do dólar à vista, a apreciação de hoje poderia estar mais vinculada a fatores globais e ao diferencial de juros. Do exterior, chamou atenção o fato de outras moedas ligadas a commodities estarem entre as que apresentam melhor performance no dia, indicando que notícias sobre a China podem ter servido mais uma vez de suporte para o real.
*Com informações do Valor Econômico