Dólar à vista fecha em leve queda em sessão de liquidez reduzida

O câmbio doméstico se distanciou do movimento observado no início da sessão e o dólar encerrou o pregão desta segunda-feira (9) em leve queda contra o real. A valorização da moeda americana no exterior, especialmente contra divisas de mercados desenvolvidos, não se sustentou ao longo do dia e o real ganhou força, em movimento semelhante […]

O câmbio doméstico se distanciou do movimento observado no início da sessão e o dólar encerrou o pregão desta segunda-feira (9) em leve queda contra o real. A valorização da moeda americana no exterior, especialmente contra divisas de mercados desenvolvidos, não se sustentou ao longo do dia e o real ganhou força, em movimento semelhante ao observado em outras moedas de países produtores de commodities, que terminaram a sessão no zero a zero.

A sessão, porém, foi de liquidez reduzida no mercado de câmbio, na medida em que os agentes se preparam para uma bateria de dados nos próximos dias, que inclui os números de inflação de agosto no Brasil e nos Estados Unidos. Os indicadores podem calibrar as apostas para o rumo dos juros em ambos os países.

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No fim dos negócios no mercado à vista nesta segunda-feira, o dólar era negociado a R$ 5,5816, em queda de 0,15%, após ter subido a R$ 5,6401 na máxima do dia. Já o euro fechou em queda de 0,61%, cotado a R$ 6,1601.

Diante de uma sessão de liquidez reduzida nos mercados domésticos, o câmbio sofreu forte pressão no início do dia, mas o movimento perdeu fôlego já no fim da manhã e foi totalmente revertido na segunda etapa dos negócios. O comportamento do dólar exibiu alguma perda de tração durante a tarde, especialmente contra moedas de países exportadores de commodities, diante da alta do petróleo. No fim da tarde, o dólar caía 0,32% contra o peso mexicano; operava estável frente ao peso chileno; e recuava 0,03% ante o dólar canadense.

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Para o câmbio doméstico, participantes do mercado também notam que a perspectiva de aumento do diferencial de juros começa a ajudar no comportamento do real. Para a próxima semana, a expectativa ampla no mercado é de elevação da Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.) pelo Banco Central do Brasil e de corte de 0,25 ponto nos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed), o que deve ancorar o real em níveis menos depreciados.

Nesse contexto, o Morgan Stanley abriu posição comprada em real contra o peso colombiano. “Dada a comunicação recente [do Banco Central], a ausência de um aumento nos juros em setembro prejudicaria a credibilidade do BC e teria impacto forte no câmbio. O BC seria o primeiro grande banco central emergente a oferecer alta nos juros sobreposta a cortes do Fed e seria uma das poucas ocasiões em que o BC fez isso nos últimos 24 anos.”

Na avaliação dos estrategistas do Morgan Stanley, na medida em que o diferencial de juros aumenta, o desempenho do real deve melhorar, apesar dos ruídos fiscais. “Apesar de um ‘gap’ mais amplo já estar precificado, acreditamos que o câmbio normalmente reage a aumentos realizados [nos juros] em vez de altas precificadas. E também notamos que o real deve ser menos sensível a uma desaceleração mais significativa da economia dos EUA do que outros pares regionais, especialmente porque as métricas de crescimento local estão se recuperando”, notam.

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