Dólar abaixo de R$ 6? Entenda por que a moeda americana despenca e o que Trump tem a ver com isso

Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez na última segunda-feira (20), o dólar vem perdendo força globalmente. Aqui no Brasil, depois do pico de R$ 6,1811 no fechamento de 3 de janeiro, a moeda americana foi pouco a pouco cedendo, o que foi intensificado nesta semana. Nesta quarta-feira, o […]

Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez na última segunda-feira (20), o dólar vem perdendo força globalmente. Aqui no Brasil, depois do pico de R$ 6,1811 no fechamento de 3 de janeiro, a moeda americana foi pouco a pouco cedendo, o que foi intensificado nesta semana.

Nesta quarta-feira, o dólar opera em forte queda, nos menores patamares em mais de um mês, atingindo a mínima intradiária de R$ 5,9154 até o momento. Por volta das 14h40, a moeda americana à vista recuava 1,73%, a R$ 5,9458.

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Mas qual o motivo principal para esta baixa? Sim, tem a ver com o novo presidente americano. Isso porque havia a expectativa de que Trump, imediatamente após a posse, assinasse ordens para a aplicação de pesadas tarifas comerciais contra diversos países, como ele mesmo vinha dizendo – o que poderia incluir até o Brasil. Por ora, nada foi implementado, embora o republicano já tenha dito que vai impor tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México. Também disse que deve impor taxação de 10% a produtos chineses – bem menos do que o mercado cogitava.

Além disso, o presidente americano afirmou que as tarifas de importação para produtos da China poderão depender de um acordo sobre a propriedade do TikTok.

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Isso acabou trazendo uma onda de otimismo aos mercados globais, que estavam temerosos com a possibilidade de que Trump aplicasse tarifas mais agressivas aos parceiros comerciais.

Assim, o mercado global de câmbio ainda passa por um movimento de correção técnica, na esteira de um nível elevado de posições compradas (aposta na valorização) em dólar. Assim, o mercado aproveita o alívio com a não imposição de tarifas comerciais pelos EUA contra parceiros já no início do novo governo Trump para reduzir a exposição à moeda americana.

No Brasil, há relatos de entrada de fluxo de dólares. Além de os investidores estrangeiros voltarem a aplicar recursos no mercado secundário da B3 por cinco sessões seguidas, na semana passada também houve a venda da participação da Cosan na Vale em “block trade” na bolsa, que movimentou R$ 9,1 bilhões, o que pode ter trazido mais dólares para o país, a depender dos compradores.

O economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Olivieira, lembra em nota que o fluxo de estrangeiros na B3 foi positivo em US$ 1,4 bilhão nos últimos cinco dias. “A venda realizada pela Cosan da participação na Vale está por trás da maior entrada semanal de dólares em mais de 20 anos”, diz. “Vale lembrar que entrada de dólares ocorre após fluxo negativo de US$ 6,6 bilhões em 2024.”

Além disso, segundo operadores, uma vez rompido o patamar psicológico de R$ 6, há um ponto técnico para o desmonte de mais posições compradas na moeda americana.

*Com informações do Valor Econômico

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