O dólar fechou em queda de 1,01%, cotado a R$ 5,1279, nesta quarta-feira (16),com o mercado repercutindo alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia e continuando a enxergar retornos atrativos na moeda brasileira. A cotação é a mais baixa desde 29 de julho do ano passado (R$ 5,0795).
A manutenção do tom do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, deu mais fôlego a um movimento já em curso de fluxos de capital ao Brasil e que mais cedo já havia deixado o real entre as divisas com melhor performance no dia, mesmo quando pares emergentes perdiam valor.
Na cena internacional, o foco de atenção seguiu com as tensões entre Rússia e Ucrânia. Nesta quarta, a Rússia anunciou o fim das manobras militares e a retirada de parte de suas tropas na península da Crimeia, reduzindo os temores de uma guerra na região.
Nos EUA, será divulgada nesta quarta a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).
Participantes do mercado tem atribuído a performance do real nas últimas semanas à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, com o patamar elevado dos juros básicos aumentando a rentabilidade do mercado de renda fixa local.
Quanto mais fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana. Analistas alertam que a trajetória de queda do dólar frente ao real pode ser transitória.