Dólar e rendimento dos títulos públicos dos EUA avançam com guerra na Ucrânia; ouro cai
A expectativa recai agora no depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, hoje no Congresso dos EUA; na agenda, ritmo dos aumentos de juros, inflação nos EUA e consequências econômicas da invasão russa da Ucrânia
O dólar é negociado em alta em relação às principais moedas rivais, em um movimento alinhado à alta dos rendimentos (yields) dos Treasuries, com a guerra na Ucrânia sustentando os ativos americanos diante da percepção de que o impacto econômico do conflito no Leste Europeu custará mais para a Europa do que aos Estados Unidos. Já o ouro recua, em meio às esperanças renovadas de negociações diplomáticas.
Às 8h50, o índice DXY subia 0,14%, aos 90.57 pontos. Entre as moedas, o euro caía 0,36%, a US$ 1,1092; enquanto a libra esterlina recuava 0,09%, a US$ 1,3323. Frente ao iene, o dólar subia 0,36%, valendo 115,24 ienes. Nos bônus, o yield do título referencial de 10 anos (T-note) estava em 1,755%, de 1,725% ontem.
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Para analistas do ING, o “relativo isolamento” da economia dos Estados Unidos em relação à invasão russa em território ucraniano significa que o Federal Reserve pode manter seus planos de aperto monetário.
A expectativa recai agora no depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, hoje no Congresso dos EUA. Os legisladores devem pressionar Powell sobre o ritmo dos aumentos de juros, as perspectivas para a inflação e as possíveis consequências econômicas da invasão russa da Ucrânia.
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No mercado futuro, é majoritária a chance de aumento de 0,25 ponto percentual (pp) na taxa de juros dos EUA na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, em março, com 96,3%.
Ao mesmo tempo, as esperanças de uma resolução diplomática para a invasão da Ucrânia pela Rússia, em meio a relatos de que uma missão russa estaria pronta para retomar as negociações com autoridades ucranianas, pressionam os preços do ouro. No mesmo horário, o contrato futuro do ouro para abril caía 0,67%, a US$ 1.930,70 por onça-troy.
Porém, a equipe da IG observa que o conflito militar entre Rússia e Ucrânia não mostra sinais de abrandamento, aumentando as preocupações de mais perturbações econômicas e pressões de preços persistentes, o que sustenta os planos de aumentos de juros pelo Fed e demais bancos centrais globais.
Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.