Dólar sobe mais de 2% e encosta em R$ 5

O real foi a moeda que mais se desvalorizou entre as divisas dos emergentes hoje

Congresso americano vai discutir aumento do teto de gastos depois de o Tesouro anunciar possibilidade de default
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O dólar dá prosseguimento à reprecificação do processo de aperto monetário nos Estados Unidos e, assim, voltou a exibir alta firme contra o real nesta terça-feira. O movimento se mostra mais intenso do que em outros mercados emergentes.

A moeda americana terminou o dia em alta de 2,35%, vendida a R$ 4,9901.

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Os sinais de que o fluxo de capital estrangeiro para o mercado brasileiro não está seguindo o ritmo visto nos três primeiros meses do ano levam o câmbio a passar por um momento de correção.

“Essa depreciação do real é algo que vem, normalmente, quando o posicionamento técnico já está muito esticado. Quando os nossos modelos começam a apontar que o ativo já teve um rali muito longo e que há alta demanda por risco, a compensação para ter essa posição começa a cair”, afirma Michelle Hwang, estrategista de câmbio e juros do BNP Paribas. Na expectativa do banco francês, a situação do real não deve ser tão positiva quanto antes na medida em que se aproximam as eleições. Assim, o banco mantém a expectativa de dólar a R$ 5 no fim do ano.

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No Boletim Focus divulgado pela manhã, a projeção mediana do mercado para o câmbio aponta para o dólar a R$ 5,00 no fim deste ano e também em dezembro de 2023. Apesar disso, as expectativas de inflação continuaram a piorar e, agora, o Focus mostra que o consenso do mercado projeta o IPCA em 7,65% neste ano e em 4,00% em 2023, o que mostra uma distância ainda maior do centro da meta e impõe desafios adicionais à condução da política monetária pelo Banco Central.

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