Dólar em alta, petróleo sob pressão: e o que esperar do preço da gasolina agora?
Relatório do Itaú BBA avalia se a Petrobras pode anunciar um reajuste diante do cenário
A piora das perspectivas para os juros nos Estados Unidos e o aumento das tensões entre Israel e Irã levaram a cotação do dólar às máximas em 2024, com a moeda americana se sustentando acima de R$ 5,25 na terça-feira (16). Simultaneamente, o preço do petróleo no mercado internacional tem mostrado valorização desde o começo do ano. Então, a pergunta que não quer calar é: como fica o preço da gasolina?
O barril do brent, referência da Petrobras (PETR4), passou de US$ 75 em janeiro para a faixa de US$ 90 agora.
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Logo, este cenário de dólar em alta e petróleo sob pressão coloca no radar a chance de um aumento no preço da gasolina.
O que a Petrobras vai fazer?
Assim, em relatório do time de óleo e gás, o Itaú BBA apontava na terça-feira (16) que o preço da gasolina da Petrobras estava 21% abaixo da paridade internacional.
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Em outro cálculo do banco, que considera bandas entre importação e exportação, o preço interno da petroleira estava 6% abaixo do limite inferior.
O que isso significa? Pela avaliação do Itaú BBA, que a empresa deve seguir a política de evitar ajustes rápidos.
Em suma, não repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico.
“Acreditamos que é mais provável que a Petrobras espere mais para ter uma visão mais clara do cenário internacional”, aponta o banco.
Nesse sentido, continua o Itaú BBA no relatório, embora os preços da gasolina estejam atualmente abaixo da banda, a tendência ascendente dos parâmetros precisaria persistir por mais tempo, com o mercado de olho nas tensões no Oriente Médio.
“Considerando a perspectiva de execução da estratégia comercial, a Petrobras parece ter uma espécie de colchão para usar nas próximas semanas”, avalia o banco.
Por último, a instituição pondera que a empresa pode avaliar os parâmetros de sua estratégia comercial de forma diferente da atuais estimativas.