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Dólar fecha em forte alta após subida dos juros no Brasil e nos EUA
O dólar fechou em alta esta quinta-feira (4), após a elevação dos juros no Brasil e nos Estados Unidos e com os mercados avaliando os próximos passos de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e do Comitê de Política Monetária (Copom).
A moeda norte-americana subiu 2,38%, cotada a R$ 5,0166. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,0578.
Na quarta-feira, o dólar recuou 1,26%, cotado a R$ 4,90. Com o resultado desta quinta, passou a acumular alta de 1,50% no mês. No ano, no entanto, tem queda de 10,01% no ano frente ao real.
Na véspera, o Fed aumentou os juros em 0,5 ponto percentual, para uma faixa de 0,75% a 1,0%, o maior aumento desde 2000. O chefe do banco central norte-americano, Jerome Powell, afirmou que as autoridades de política monetária não estão considerando intensificar ainda mais a dose de aperto em suas próximas reuniões, para 0,75 ponto percentual, como temiam alguns agentes financeiros.
A declaração aliviou ativos de risco na última sessão e fez o dólar despencar tanto no exterior quanto no mercado local. Esse movimento, no entanto, teve forte reversão nesta quinta-feira, com investidores continuando a acreditar que o Fed será forçado a endurecer a postura no combate à inflação, que está nos maiores patamares em 40 anos na maior economia do mundo.
Já o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 11,75% ao ano para 12,75% ao ano e indicou uma extensão do ciclo de alta dos juros. Com a nova alta, a Selic atingiu o maior patamar em mais de cinco anos e o Brasil retomou a liderança do ranking mundial de juros reais.
Um aumento dos juros tem vários reflexos na economia como encarecimento do crédito e do custo da dívida pública. Com um financiamento mais caro, empresas podem também passar a investir menos, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.
Já juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.
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