Dólar ganha força, mas encerra semana com queda acumulada de 0,27%
No início da semana, o movimento foi influenciado por declarações do presidente do Banco Central sobre a inflação; nos dias seguintes, o foco se deslocou para o exterior
Na semana encurtada pelo feriado de Páscoa, o dólar enfrentou sessões voláteis e termina a semana valendo RS 4,6968, com queda acumulada de 0,27%. No início da semana, o driver do movimento foi doméstico, com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a inflação. Nos dias seguintes, o foco se deslocou para o exterior, com destaque para indicadores econômicos dos Estados Unidos, além da decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre política monetária.
A preocupação com o aumento de preço parece ser o denominador comum dos banqueiros centrais e tem influenciado o sobe e desce do dólar. Na segunda-feira (11), Campos Neto disse que que o BC está “analisando essas surpresas” que vieram na leitura da inflação medida pelo IPCA em março.
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A inflação continuou como foco do movimento do câmbio na terça-feira (12), quando a CPI, índice de mede os preços ao consumidor dos EUA, avançou 8,5% em março na comparação com igual mês de 2021, no maior patamar desde dezembro de 1981. O resultado superou o consenso de analistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de taxa de 8,4%.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas referenciais de juros da zona do euro, mas com sinais de mudanças no próximo encontro, justamente para conter a inflação.
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Analistas apontam para um fortalecimento do dólar em escala global por conta dos movimentos sinalizados pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano), de ações mais “agressivas”, o que deve afastar investidores de mercados emergentes, desvalorizando moedas como o real.
Para a semana seguinte, permanecem no radar a guerra na Ucrânia e o avanço da covid-19 na China, que pode aumentar as preocupações sobre os caminhos da inflação global, tendo em vista o impacto econômico dos lockdowns.