Dólar opera em queda após Haddad afirmar que deve encaminhar reforma do IR só em 2025
Dólar opera em queda após Haddad afirmar que deve encaminhar reforma do IR só em 2025
O dólar opera em queda nesta segunda-feira (14) após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou, entre outras coisas, que não deve entregar o texto da segunda parte da reforma tributária neste ano. Muito provavelmente o fará no ano que vem. O movimento foi bem recebido pelo mercado.
“Não sei se será possível a entrega do programa neste ano, até porque nós estamos com o calendário apertado e com tarefas inconclusas”, afirmou o ministro da Fazenda.
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Haddad participou nesta segunda-feira de evento organizado pelo Itaú BBA para investidores na cidade de São Paulo, o Macro Vision 2024.
Comportamento do dólar após Haddad falar
Dessa forma, após o evento, o dólar passou a operar em queda. A divisa norte-americana era negociada em queda de 0,62% e era cotada a R$ 5,579. Isso por volta das 13h30.
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As declarações do ministro foram bem recebidas. Principalmente porque pairava sobre o mercado uma dúvida a respeito do teor das propostas.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que o governo estudava a criação de um imposto mínimo para milionários. A medida, afirmou o jornal, estaria sob análise do presidente Lula.
A ideia por trás da ação seria criar um gerador de receita capaz de tornar neutra uma eventual reforma do Imposto de Renda.
Correção do IR é promessa de campanha
A pedido de Lula, a Fazenda estuda uma contrapartida para bancar o aumento pretendido para R$ 5 mil na faixa de isenção do Imposto de Renda das pessoas físicas (IRPF).
Assim, a correção da tabela é uma promessa de campanha do presidente Lula. O valor atual da faixa de isenção é de dois salários mínimos (R$ 2.824).
Dessa maneira, mas sem citar diretamente a proposta, Fernando Haddad falou nesta segunda-feira sobre estudos da pasta que ‘vazaram’ para o público.
“Nós estamos numa fase que se às vezes vaza um documento, a pessoa acha que aquele documento que vazou é a proposta da Fazenda. Isso será um equívoco. Porque essa proposta não está configurada”, afirmou.
“O que nós estamos nesse momento é em uma espécie de ida ao Palácio do Planalto para apresentar para o presidente as variáveis que podem ser alteradas para melhor. Na minha opinião, esses estudos não vão ficar prontos em poucas semanas”, destacou.