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Dólar deve permanecer pressionado no exterior com melhor desempenho de mercado global de ações
O dólar inicia a semana mais fraco no mercado internacional diante de um abrandamento dos receios quanto a uma escalada na alta de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, o que está fazendo com que as bolsas globais sigam sustentadas. O mercado também segue de olhos na reunião com banqueiros centrais que acontece nesta semana em Sintra, Portugal, e é organizado pelo . O presidente do Fed, Jerome Powell, participa do evento na quarta-feira.
Ás 8h10, o Índice DXY caia 0,22% a 103,984.
Para os analistas do ING, o melhor cenário para as ações com expectativa de que a alta de juros será menor que a esperada anteriormente é negativa para o dólar. A expectativa é de que o mercado de ações siga mais positivo esta semana enquanto o dólar fique mais pressionado, com o Índice DXY podendo voltar para níveis de 103,40 na semana. Mais pressão pode vir da valorização de moedas ligadas a commodities – como o dólar canadense e a coroa norueguesa.
Além disso, os investidores devem ajustar suas posições durante a semana com o fim do segundo trimestre e do primeiro semestre, o que deve adicionar mais pressão ao dólar. Porém, para os analistas do ING, o dólar não deve sofrer uma forte queda. “Ainda é cedo demais para os bancos centrais sinalizarem que está tudo bem com a inflação. E possíveis sinais adiante de que os bancos centrais irão continuar o aperto monetário mesmo com a desaceleração econômica pode levar a uma nova de onda de venda de ações”, diz o ING.
O bom desempenho do mercado de ações pode impulsionar a libra, diz o time de economistas do ING. Segundo eles, a moeda britânica tem mostrado uma boa correlação com o mercado de ações e a expectativa é de que ela se beneficie da alta nas bolsas. Do outro lado, contudo, os planos do governo britânico para acabar com os acordos comerciais feitos com a Irlanda do Norte pós-Brexit podem pressionar a libra. A expectativa é de a libra seja negociada a US$ 1,24. No mesmo horário acima, a libra caia 0,12% a US$ 1,2270 e o euro subia 0,12% a US$ 1,0577.
Já o euro deve demorar mais para se recuperar devido aos riscos da recessão na zona do euro, disse o alemão Commerzbank. “Escassez de gás provocado pelas sanções ocidentais na Rússia devem continuar na Europa, o que significa que os participantes do mercado estão vendo potencial de recessão em grande parte da União Europeia”, de acordo com o analista de câmbio do banco alemão, Ulrich Leuchtmann, em nota. O sentimento é de que o deve elevar ainda mais as sanções contra a Rússia. Este cenário deve levar o euro a demorar mais para chegar na meta do banco, de US$ 1,16. A expectativa é de que o euro comece a se valorizar mais quando o Fed começar seu ciclo de corte nos juros, o que deve acontecer no fim de 2023.
A lira turca sobe hoje ante dólar depois que as autoridades turcas encontraram uma nova maneira de impulsionar a moeda. Na sexta-feira, reguladores anunciaram que as empresas que possuem excesso de divisas estrangeiras terão seu acesso a empréstimos comeciais em lira reduzido. Depois do anúncio, a lira chegou a subir 5% mas o mercado ainda não está certo se a moeda vai conseguir sustentar os ganhos. A lira avançava há pouco 0,26% a US$ 16,7121.
O dólar avançava 0,18% contra a divida japonesa 135,293 ienes.
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