O ambiente externo adverso para mercados emergentes deu as caras de forma mais intensa no pregão desta sexta-feira, com reflexos amplamente negativos sobre o desempenho do câmbio doméstico. Após uma sessão em que o real se destacou positivamente no complexo das moedas emergentes, os números bem mais fortes que o esperado do mercado de trabalho dos Estados Unidos se somaram à alta das expectativas de inflação e provocaram uma disparada global do dólar, diante da percepção de que o espaço para novos cortes nos juros americanos diminui cada vez mais.
Nesse ambiente, o dólar encerrou o pregão desta sexta-feira em alta de 1,00% no mercado à vista, negociado a R$ 6,1017, após ter subido a R$ 6,1248 na máxima da sessão. Na semana, porém, a moeda americana conseguiu registrar algum alívio, ao acumular queda de 1,28% e ter um desempenho mais forte que o da grande maioria dos pares emergentes.
O dólar já subia no início do dia, ao corrigir possíveis excessos após ter anotado um movimento firme de queda no pregão da véspera. No entanto, o movimento ganhou musculatura ainda durante a manhã, após o relatório de empregos dos EUA (“payroll”) mostrar um crescimento de postos de trabalho bem acima do esperado pelo mercado e uma queda na taxa de desemprego, o que reforçou a sensação de que o Federal Reserve (Fed) deve pausar o ciclo de flexibilização monetária e de que a quantidade de reduções nos juros pode diminuir ainda mais.
*Com informações do Valor Econômico
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