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Doria decide manter candidatura presidencial e Garcia será candidato em SP
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou há pouco, falando em evento com prefeitos do estado de São Paulo, que mantém sua candidatura à presidência da República.
Mais cedo, Doria reuniu-se com o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) e com seus aliados mais próximos e anunciou a decisão, em meio a queixas sobre a falta de apoio do presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, à sua pré-candidatura.
Doria reuniu-se às 12h, no Palácio dos Bandeirantes, com um pequeno grupo para definir seu futuro político e tentar controlar a crise criada com Garcia. Participaram o vice-governador; o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, que é uma das principais lideranças do União Brasil no Estado; o presidente da Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari (PSDB); o presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, o tesoureiro nacional do partido, Cesar Gontijo; o secretário da Casa Civil, Cauê Macris (PSDB); o secretário particular do governo, Wilson Pedroso (PSDB), e o deputado estadual Vinicius Camarinha (PSDB). Araújo não participou.
Na reunião, Doria afirmou que vai deixar o governo paulista e abrir espaço para Garcia se candidatar. O governador queixou-se muito, segundo relatos, da atuação do presidente nacional do PSDB e disse que se sentia desprestigiado dentro do partido. Afirmou ainda que o comando nacional deveria ser mais “solidário” e ter mais empenho em defender seu nome, que foi escolhido em prévia no ano passado. Doria disse também que a candidatura não é dele, mas do partido.
De acordo com relatos, Doria afirmou que espera uma atitude mais enérgica de Bruno Araújo contra as movimentações do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que tenta se viabilizar como candidato do partido, apesar de ter sido derrotado nas prévias.
Ontem, Doria disse ao vice que não tinha apoio suficiente do PSDB para disputar a Presidência e afirmou que pretendia continuar no governo paulista até o fim do mandato. Garcia ficou irritado com a decisão e uma nova crise foi criada, além dos embates de Doria com o PSDB.
No encontro de hoje, segundo participantes, foi selado um acordo de paz. Nos bastidores da Assembleia, deputados da base de Doria relataram a ameaça de impeachment que teria sido feita por Garcia a Doria, caso ele decidisse continuar no governo paulista. O vice-governador, no entanto, não confirma essa versão.
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