A economia do Chile cresceu 11,7% em 2021, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira, o melhor resultado já registrado na história.
O crescimento recorde ocorreu após o tombo histórico de 6% em 2020, quando o país precisou adotar uma série de restrições sobre a atividade econômica e social por causa da covid-19.
Apesar da expansão histórica, o resultado para o Produto Interno Bruto (PIB) do Chile ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava uma alta de 12% em 2021.
No quatro trimestre, a economia deu sinais de desaceleração e avançou 1,8% em relação ao período anterior, também abaixo dos 2,2% esperados por economistas.
Em um relatório, o Banco Central afirmou que o crescimento recorde foi reflexo da reabertura gradual da economia e da maior adaptação das famílias e das empresas ao contexto sanitário da pandemia.
“Foi observado um aumento da demanda interna, explicado em parte pelas medidas econômicas de apoio às famílias e às empresas e aos saques parciais dos fundos de pensões”, acrescentou a autoridade monetária.
Assim como outras economias da América Latina, o Chile deve enfrentar uma desaceleração no crescimento neste ano, em um dos desafios que deverão ser encarados pelo novo presidente do país, Gabriel Boric, que tomou posse na semana passada.
O governo anterior previu que o PIB crescerá 3,5% em 2022, mas o novo ministro da Economia, Mario Marcel, disse à imprensa local ontem que as estimativas não condizem com o ajuste que o país precisará fazer neste ano para controlar a inflação.
(Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.)