Efeito Taylor Swift: banco central dos Estados Unidos reconhece impulso à economia. E no Brasil, terá o mesmo efeito?
Relatório do Fed, banco central dos EUA, destacou turnê The Eras como responsável por movimentar milhões nos negócios das cidades por onde passa a cantora
O sucesso de Taylor Swift foi notado pelo relatório do Federal Reserve, o Fed, banco central dos Estados Unidos, órgão responsável pela economia do país. Afinal, as observações do Fed são consolidadas no Livro Bege. A citação se deve, portanto, ao resultado do engajamento que a turnê The Eras Tour provocou na economia do país. Milhares de fãs no mundo inteiro adquiriram os ingressos para as apresentações que acontecem nos cinco continentes, em mais de 150 apresentações entre 2023 e 2024. Dessa maneira, Taylor Swift viu sua fortuna superar a marca de US$ 1 bilhão.
O que é o Livro Bege do Fed?
O Livro Bege tenta destrinchar os números relacionados à inflação, mercado de trabalho e outras dimensões da economia americana. Ou seja, ele utiliza dados qualitativos para pintar um quadro mais detalhado sobre a situação econômica local.
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Turnê The Eras no Livro Bege
A turnê The Eras começou em março, nos Estados Unidos. Nesse ínterim, o Fed ressaltou o show da artista como um dos principais motivos para o aumento no turismo da cidade de Filadélfia durante o mês de maio.
“Apesar da lenta recuperação do turismo na região em geral, um destaque é que maio foi o mês mais forte na receita hoteleira da Filadélfia (EUA) desde o início da pandemia, em grande parte devido ao afluxo de convidados para os shows de Taylor Swift na cidade”, pontuou o relatório do Federal Reserve.
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Efeito Taylor Swift
Segundo a rede de notícias NBC News, essa não é a primeira vez que uma agência governamental credita a cantora por impulsionar os negócios locais. Anteriormente, no início de junho, os funcionários de Cincinnati, cidade de Ohio (EUA), informaram que a turnê The Eras ajudou os hotéis da cidade a arrecadar mais de US$ 2,6 milhões.
O mesmo aconteceu com os hotéis ao redor do Condado de Hamilton, também em Ohio, no qual arrecadaram mais de US$ 5,3 milhões. O crescimento exponencial de vendas chamou a atenção de empresários locais.
O efeito Taylor Swift se propaga em qualquer lugar onde a sua presença é confirmada. Neste fim de semana, a artista levou a turnê para Denver, no estado do Colorado, também nos EUA. Para a instituição que monitora a economia local, o Common Sense Institute, os shows devem movimentar US$ 140 milhões no PIB do estado. A revista Billboard, inclusive, já prospecta um faturamento de US$ 1 bilhão para a turnê.
O mesmo pode acontecer com a Taylor Swift no Brasil?
Por aqui, a chegada da turnê de Taylor Swift tem mexido com os ânimos dos milhares de fãs da artista. A cantora já tem shows confirmados no Rio de Janeiro e São Paulo.
“Acredito que em um período mais próximo dos shows uma oscilação de preços possa acontecer. Mas, apesar da corrida por ingressos esgotados e filas gigantescas, economicamente este não é um evento de porte extraordinário”, disse à Inteligência Financeira, em junho (antes do relatório do Fed, portanto), Mehanna Mehanna, professor dos cursos de pós-graduação e formação executiva da Escola de Negócios da PUC-PR e sócio fundador da Phi Investimentos.
Com informações do Estadão Conteúdo.