Em julho, 47,3% dos reajustes de salário foram abaixo da inflação

Dados do Dieese comparam alterações nas folhas de pagamento à média de 12 meses do INPC

Carteira de trabalho (Foto: Pixabay)
Carteira de trabalho (Foto: Pixabay)

Em julho, 47,3% ds reajustes salariais ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), segundo boletim divulgado pelo Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

Com isso, a variação salarial do mês de julho continua negativa, assim como nos últimos 15 meses, registrada em -1,10%. Isso mostra que mesmo os salários que foram reajustados continuam abaixo da inflação.

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Ao analisar a diferença dos reajustes por regiões e por setores econômicos, o Dieese concluiu que os trabalhadores cujos salários tiveram os menores reajustes no acumulado do ano até julho foram do setor de serviços, com 52,6% ficando abaixo do INPC.

Reajustes iguais ou acima do índice inflacionário foram mais frequentes no comércio (69,6%). Na indústria, o percentual chegou a 65%.

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De Norte a Sul do Brasil, diferenças acentuadas foram observadas nas variações salariais. No Centro-Oeste, só 32% tiveram reajuste igual ou acima do INPC. Já no Sul, este número foi de 74,6%. O Sudeste também seguiu com melhores resultados em relação às demais regiões, com 55,1% dos salários reajustados com porcentagens iguais ou superiores à inflação do mesmo período (entre janeiro e julho de 2022).

A deflação de 0,6% registrada para o INPC do mês de julho impactou na porcentagem do reajuste necessário para “zerar” a inflação, ou seja, quanto os pagamentos devem aumentar para que fiquem equiparados com a alta de preços. Em julho, o índice estava em 11,92%, em agosto, caiu para 10,12%, após chegar a 12,47% em maio deste ano.

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