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Energia elétrica ajudou a frear IPCA de abril
A energia elétrica teve deflação de 6,27% em abril e foi a principal influência para a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do governo, de 1,62% em março para 1,06% no mês passado, afirmou nesta quarta-feira o analista da pesquisa, André Filipe Almeida.
“O que ajudou a frear o IPCA no mês de abril, foi de fato a queda da energia elétrica, que teve a maior contribuição individual do índice”, disse.
A partir de 16 de abril, houve mudança na bandeira tarifária, que saiu de bandeira de escassez hídrica, para bandeira tarifária verde, em que não há cobrança extra na conta de luz. Desde setembro do ano passado, estava em vigor a bandeira de escassez hídrica, que acrescentava R$ 14,20 a cada 100 Kwh consumidos.
Com a deflação da energia elétrica, o grupo habitação foi o único entre as nove classes de despesas do IPCA a registrar queda em abril, de 1,14%.
O alívio na conta de luz deve continuar tendo influência significativa no índice geral, na avaliação de Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter. “Para maio, esperamos uma desaceleração maior do índice, para próximo de 0,3%, não somente pela continuação do impacto da redução na tarifa elétrica, mas também por uma desaceleração maior de alimentos e gasolina, seguindo o comportamento dos preços que já são observados no atacado”, destacou.
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