Equipe do novo governo vai precisar da garra da Argentina para vencer déficit fiscal
Confira a entrevista com o economista Fábio Giambiagi, da FGV, um dos maiores especialistas de previdência e de orçamento público no Brasil
O economista Fábio Giambiagi, também pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), reconhecidamente, uma das pessoas que mais entendem de previdência e de orçamento público no Brasil, explica como a despesa do governo impacta a vida do brasileiro.
Como comparação da situação econômica do País, em relação ao passado, Giambiagi menciona que, em 2016, apenas 3% das despesas do governo ficavam fora do teto.
Hoje, esse percentual é bem maior. Na prática, o teto se aplica a apenas 1% da despesa do governo. Desta forma, o teto passou a ser irrelevante. Por esse motivo, todos querem saber o “roadmap” do atual governo. Estão preocupados com a fonte de recursos que banque o tamanho das despesas.
O economista alerta ainda que o cenário do início do governo Lula, em 2023, será o oposto do início do governo dele em 2003, quando ele recebeu a “bola redondinha”. Na época da dupla Fernando Henrique Cardoso e Pedro Malan, Lula assumiu com superávit expressivo.
Em 2023, Lula assume com déficit expressivo. Há uma piora significativa da situação fiscal. A nova equipe vai ter de entrar em campo com a mesma garra que a Argentina entrou no jogo em que venceu a Copa do Mundo, compara Fábio Giambiagi. “Lula e o ministro da Fazenda vão ter de jogar com a mesma garra”, diz o economista que é argentino.
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