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Euro se fortalece com chance menor de racionamento de energia na Europa
O dólar opera globalmente em queda na manhã desta terça-feira em dia de poucos dados econômicos relevantes a serem divulgados. O euro, por sua vez, segue fortalecido ante a moeda americana, diante de uma menor preocupação acerca de um risco de racionamento de energia por conta da falta de gás natural.
A atenção do investidor continua voltada para os dados de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) a serem divulgados amanhã nos Estados Unidos.
Às 9h, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 0,19%, a 106,238 pontos. Entre as moedas que compõem a cesta, o euro (a de mais peso) subia 0,25%, a US$ 1,0223, enquanto a libra avançava 0,10%, a US$ 1,2097. A moeda americana, no entanto, avançava sobre a divisa japonesa, com ganhos de 0,16%, a 135,051 ienes.
O banco alemão Berenberg, em nota na manhã desta terça-feira, disse ver diminuir o risco, semana após semana, de que os países europeus tenham que fechar grandes partes da indústria no próximo inverno. “Embora a Rússia tenha reduzido seus suprimentos através do Nord Stream 1 para apenas 20% de sua capacidade, a União Europeia (UE) está enchendo suas instalações de armazenamento. O gás armazenado atingiu 71,5% da capacidade em 6 de agosto – acima dos 60,5% do mês anterior”, escreveu o banco.
“Com sorte, mesmo a Alemanha altamente exposta (atualmente em 72%) pode ficar apenas um pouco abaixo de sua meta ambiciosa de 95%. Nesse caso, a UE –incluindo a Alemanha– provavelmente poderia passar por uma estação fria normal sem ter que racionar severamente o gás, mesmo que a Rússia feche completamente as torneiras durante o inverno.”
Apesar de alguma melhora na perspectiva do gás natural, a política italiana se mantém no radar do investidor, que se preocupa com o aumento do spread dos yields dos títulos italianos e alemães. O banco holandês ING apontou em nota na manhã desta terça que ontem o spread de títulos ítalo-alemão de des anos ficou bastante contido, “apesar da mudança de perspectiva de ratings de sexta-feira para a dívida soberana italiana pela Moody’s”. Hoje, porém, o yield do BTP italiano de dez anos sobe com ímpeto, a 3,106%, de 2,843% da última sessão após a coalizão de centro-esquerda entrar em colapso dias depois de um acordo. Vale lembrar que o rendimento do bund alemão de dez anos também subia, a 0,963%, de 0,898% do último fechamento.
Nesta sessão, as negociações devem seguir desinteressantes, ainda segundo o Berenberg. “As notícias sobre os exercícios militares prolongados dos militares chineses em torno de Taiwan não fizeram o mercado se movimentar.” “Somente na quarta-feira, os dados importantes da inflação dos EUA voltam a ser divulgados, o que pode dar pistas para a próxima decisão da taxa de juros pelo Fed”, afirmou o banco.
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