Europa vai limitar lucro das empresas de energia e lança banco com € 3 bi para hidrogênio verde
Vestindo as cores da Ucrânia, a presidente do órgão, Ursula Von der Leyen, avisou que "sanções à Rússia vieram para ficar"
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira que a União Europeia fará uma “reforma profunda” do mercado de energia elétrica para enfrentar o aumento dos preços da energia no bloco. E anunciou que o órgão vai propor um limite aos lucros das empresas do setor do petróleo, gás, carvão e refinarias e a criação de um banco público dedicado ao hidrogênio, com investimentos de quase € 3 bilhões.
Em seu terceiro discurso sobre o Estado da União, que durou quase uma hora, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, Ursula Von der Leyen se concentrou nos enormes aumentos nos preços da energia dos consumidores. E ressaltou que UE fará uma “reforma completa e profunda” de seu mercado de energia elétrica.
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Na semana passada, os ministros da União Europeia pediram à Comissão Europeia para adotar medidas emergenciais que ajudem os países a estancar a crise energética por que estão passando.
Para Von der Leyen, “em nossa economia social de mercado, os lucros são bons. Mas neste momento é equivocado ter lucros extraordinários beneficiados pela guerra (…) Neste momento, os benefícios devem ser distribuídos e canalizados para aqueles que mais precisam”.
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De acordo com a presidente da Comissão Europeia, a adoção de um teto para os lucros das empresas geradoras de energia elétrica de baixo custo vai permitir a arrecadação de quase € 140 bilhões, que poderão ser utilizados para a redistribuição a residências e empresas vulneráveis.
Os ministros europeus da Energia se reunirão no dia 30 deste mês para examinar o plano de emergência proposto pela Comissão Europeia, mas algumas ideias apresentadas já dividem os países do bloco por suas diferentes situações energéticas.