Dólar abre a semana em alta após série de quedas ante o real

Cotação da moeda americana vem de oito sessões consecutivas de queda

- Foto: Igal Ness/Unsplash
- Foto: Igal Ness/Unsplash

O dólar opera em alta nesta segunda-feira (28), ao redor de R$ 4,80, depois de uma série de desvalorizações recentes que o levaram a mínimas desde março de 2020.

Às 15h38, a moeda norte-americana subia 0,75%, cotada a R$ 4,783. Na máxima até o momento, chegou a R$ 4,819.

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Na sexta-feira, o dólar fechou em queda pela oitava sessão seguida, com baixa de 1,77%, a R$ 4,7466 – menor patamar de fechamento desde 11 de março de 2020 (R$ 4,7215). Com o resultado, passou a acumular queda de 7,94% na parcial do mês. No ano, tem baixa de 14,86% frente ao real.

O que está mexendo com os mercados?

No exterior, os preços do petróleo recuaram 5% nesta segunda-feira, com os confinamentos impostos em Xangai para tentar reduzir a curva de contágio da Covid-19 alimentando preocupações de fraca demanda e de desaceleração econômica na China, com os investidores de olho também nas negociações de paz com a Rússia marcadas para esta semana na Turquia.

Apesar do recuo nas últimas semanas, o petróleo ainda acumula um salto de cerca de 50% no ano.

O avanço do dólar no Brasil estava em linha com a alta da divisa frente a outras moedas no exterior, após o rendimento do título soberano de dez anos dos Estados Unidos chegar a superar 2,5%, indo a picos em três anos.

Depois de o banco central norte-americano ter elevado os juros em 0,25 ponto percentual neste mês, pela primeira vez desde 2018, os mercados monetários passaram a precificar ajuste mais agressivo, de 0,5 ponto, no próximo encontro do Federal Reserve, o que é visto como fator de impulso global para os rendimentos dos Treasuries e para o dólar, destaca a Reuters.

A disparada nos preços das commodities e juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e outras economias têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.

 

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