Febraban pede a Lula que evite ‘ruídos’; presidente afirma que não há espaço para erros

'Lula nos disse com assertividade que não há espaço para erros, para que a economia continue crescendo com equilíbrio fiscal. Dissemos a Lula que é preciso dissipar os ruídos', afirmou o presidente da Febraban

O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse nesta quarta-feira que os presidentes dos bancos privados do país pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o governo seja “persistente” na busca por equilíbrio econômico e ajude a evitar “ruídos”.

Sidney, da Febraban, falou à imprensa sobre o assunto no Palácio do Planalto, após participar de um encontro de bancos com Lula.

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Estiveram presentes também os presidentes do Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, BTG Pactual e Safra.

“O presidente Lula tem linha direta com os presidentes dos bancos. Pedimos ao ministro Haddad esta reunião há dois meses”, disse Sidney.

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‘Lula nos disse com assertividade que não há espaço para erros, para que a economia continue crescendo com equilíbrio fiscal. Dissemos a Lula que é preciso dissipar os ruídos’, afirmou o presidente da Febraban.

“Fizemos apelo ao governo para que seja persistente no equilíbrio econômico, para que possamos crescer de forma sustentável”.

Regulação das bets foi discutida na reunião

O executivo confirmou que Lula e os presidentes dos bancos discutiram a regulação do mercado de apostas esportivas.

Assim, como antecipou o Valor, esse era um dos temas previstos para ser debatido no encontro.

“Tratamos de vários assuntos, como crédito e bets. Demonstramos, ao presidente, preocupação com endividamento das famílias com as bets”.

“Que o governo esteja preparado para fiscalizar. Além do governo, existem implicações no mercado e na economia. Queremos nos aprofundar nesse tema [bets]”.

Além disso, a regulação do mercado de apostas esportivas já havia sido tema de reunião do governo na semana passada.

No encontro, Lula e os ministros discutiram, por exemplo, a possibilidade de a gestão petista impedir apostas de beneficiários do Bolsa Família, grupo vulnerável que estaria suscetível ao endividamento nessas plataformas.

Após o encontro, no entanto, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, explicou que, por enquanto, não haverá bloqueio do cartão do Bolsa Família para o uso em bets.

O tema, disse ele finalmente, será analisado a partir desta semana, quando está previsto o bloqueio de cerca de 2 mil endereços de bets que não estão na lista positiva divulgada pelo governo.

Com informações do Valor Econômico

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