Fed mantém juros inalterados em 4,25% a 4,50% em meio à pressão de Trump por cortes
O Federal Reserve (Fed) manteve sua taxa de juros básica inalterada no intervalo de 4,25% a 4,50%, depois de realizar três cortes consecutivos. A decisão, unânime, era amplamente esperada pelo mercado, em meio às incertezas em relação às políticas prometidas pelo presidente Donald Trump, que aparentam ser inflacionárias. Os investidores esperam que o próximo corte […]
O Federal Reserve (Fed) manteve sua taxa de juros básica inalterada no intervalo de 4,25% a 4,50%, depois de realizar três cortes consecutivos. A decisão, unânime, era amplamente esperada pelo mercado, em meio às incertezas em relação às políticas prometidas pelo presidente Donald Trump, que aparentam ser inflacionárias. Os investidores esperam que o próximo corte de juros pelo banco central venha apenas em junho. Trump vem pressionando o banco central americano a baixar os juros.
O comunicado divulgado logo após a decisão trouxe poucas alterações em relação à última reunião, em dezembro. No documento, o Fed reiterou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir a um ritmo robusto. “A taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos últimos meses, e as condições do mercado de trabalho permanecem robustas. A inflação continua um pouco elevada”, diz o banco central, que retirou menções sobre o processo de desinflação que estavam presentes no comunicado anterior.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
O Fed repetiu que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação estão, em termos gerais, equilibrados, e que a perspectiva econômica é incerta, mas o banco central está atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo, seguindo “fortemente comprometido em apoiar o pleno emprego e retornar a inflação à sua meta de 2%.”
Além disso, o Fed reforçou que continuará monitorando as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica ao avaliar a postura adequada da política monetária, e que levará em consideração leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, bem como acontecimentos financeiros e internacionais.
Últimas em Economia
Por fim, o Fed continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro, dívidas de agência e títulos lastreados em hipotecas de agência.
Os investidores também devem procurar nos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, durante entrevista coletiva que começou às 16h30, sinais que indiquem os próximos passos do BC americano. Powell deverá responder a perguntas sobre o impacto de tarifas, imigração, corte de impostos e maior déficit nas decisões de política monetária.
*Com informações do Valor Econômico