Fitch reduz ainda mais rating da Rússia e fala em ‘default iminente’

A avaliação leva em conta os impactos das sanções econômicas e financeiras em resposta à invasão da Ucrânia

Segundo Ucrânia, ofensiva da Rússia sobre Donbass começou (Foto: Russian Defense Ministry)
Segundo Ucrânia, ofensiva da Rússia sobre Donbass começou (Foto: Russian Defense Ministry)

A Fitch Ratings reduziu ainda mais a nota de risco de crédito soberano (rating) da Rússia e fez um rebaixamento em seis níveis da dívida russa, alegando que um calote (“default”) soberano do país é “iminente”. O rebaixamento foi de “B” para “C”. Segundo a agência de classificação de risco de crédito, essa avaliação leva em conta os impactos das sanções econômicas e financeiras dos Estados Unidos e aliados contra a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia há mais de duas semanas.

A mudança, anunciada na terça-feira, deixou a dívida russa em uma única classificação tipo C e se segue a um rebaixamento inicial de seis níveis anunciado pela Fitch no último dia 2 de março. Ação semelhante foi anunciada pela Moody’s, à época. Ambas as agências de classificação, que anteriormente atribuíam o selo mais baixo de grau de investimento para a Rússia, de BBB e Baa3, respectivamente, sinalizaram que mais rebaixamentos podem ocorrer.

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Os desdobramentos desde o mais recente rebaixamento “prejudicaram ainda mais a disposição da Rússia em pagar os juros da da dívida do governo”, disse a Fitch. A agência de classificação de risco disse que um decreto anunciado pelo presidente Vladimir Putin em 5 de março “poderia potencialmente forçar uma redenominação de pagamentos da dívida soberana em moeda estrangeira para moeda local a credores em países específicos”.

Além disso, o Banco Central da Rússia (CBR, na sigla em inglês) vem restringindo a transferência de títulos de empréstimos federais com cupom emitidos pelo governo russo para não residentes desde a semana passada, lembrou. “De maneira mais geral, o aumento das sanções e propostas que podem limitar o comércio de energia aumentam a probabilidade de uma resposta política da Rússia, que incluiria o não pagamento seletivo de suas obrigações de dívida soberana”, alertou a Fitch.

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