FMI diz que não discute novo pacote com Argentina e elogia ‘ação decidida’ do novo governo

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, elogiou medidas de Milei como buscar eliminar múltiplas taxas de câmbio e estabelecer uma meta para o déficit

Fachada do edifício-sede do Fundo Monetário Internacional em Washington, Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos Foto: Marek Slusarczyk/Wikimedia Commons
Fachada do edifício-sede do Fundo Monetário Internacional em Washington, Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos Foto: Marek Slusarczyk/Wikimedia Commons

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, elogiou a “ação decidida” do novo governo da Argentina, sob Javier Milei, para enfrentar problemas econômicos do país. Na avaliação dela, a administração atual tem “mais ambição do que temos visto nos últimos anos”.

“Milei foi eleito com base em dizer a todos que será muito duro e será de fato”, comentou a dirigente, sobre o ajuste econômico a ser feito. Ela lembrou que a inflação no país está em três dígitos e que praticamente não há reservas, enquanto os níveis de pobreza crescem.

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Georgieva elogiou medidas como buscar eliminar múltiplas taxas de câmbio, estabelecer uma meta para o déficit, encerrar o déficit neste ano, almejando superávit de 2%, ancorar as políticas do governo sem mais financiamento monetário do banco central. “E também reconhecer que as pessoas vulneráveis na Argentina sentirão mais o peso que todos os outros, portanto construir mais proteção social”, defendeu.

A diretora-gerente do FMI diz que, até agora, vê “uma boa equipe em ação”, na política econômica argentina, com um presidente “muito pragmático, não confinado ideologicamente, mas olhando os meios pelos quais pode tirar o país dessa dificuldade”.

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Georgieva disse que, neste momento, o Fundo não está discutindo um novo programa para a Argentina. “O governo, na minha visão, decidiu corretamente levar o programa existente de volta aos trilhos”, comentou.

Ela advertiu que “obviamente há riscos” para o país, mas acrescentou que o FMI continuará a apoiar a população argentina.

Com informações do Estadão Conteúdo

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