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Ao FMI, Guedes diz que BC no Brasil foi um dos primeiros a reagir de forma decisiva às pressões inflacionárias
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil tem tomado ações oportunas e decisivas para garantir a sustentabilidade fiscal e combater a inflação. Também reforçou que o Banco Central brasileiro foi um dos primeiros a reagir de forma decisiva às pressões inflacionárias.
As afirmações foram feitas em declaração por escrito do Brasil e mais dez países ao Comitê Monetário e Financeiro do FMI (IMFC, na sigla em inglês). O IMFC é o colegiado de 24 membros que define as diretrizes do Fundo.
O ministro afirmou que, com uma forte resposta fiscal de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, o déficit fiscal primário aumentou para 10% do PIB e a dívida pública saltou para 89% do PIB no final daquele ano. “No entanto, a contenção fiscal subsequente e uma forte recuperação econômica levaram a uma série de superávits fiscais primários, a partir de agosto de 2021, trazendo a dívida pública de volta aos níveis pré-pandemia (77,5% em agosto de 2019 e em agosto de 2020)”, explicou.
Na declaração, Guedes destacou que o Brasil recalibrou a assistência aos pobres, tornando-a ainda mais direcionada e definida em um nível consistente com a recuperação econômica em curso e a criação de emprego.
Guedes diz que BC previu aumento na demanda ao apertar juros
Guedes lembrou ainda que o BC do Brasil foi um dos primeiros a reagir, iniciando seu ciclo de aperto monetário em março de 2021 e que, enquanto muitos observadores ao redor do mundo erroneamente consideram a pressão da inflação global temporária, “no Brasil percebe-se muito cedo que a combinação de fatores estava em jogo, incluindo aumento da demanda”.
“Apesar dos grandes desafios para a economia global, continuamos a reequilibrar nossa economia tanto no plano fiscal quanto no monetário, evitando uma espiral ascendente de inflação e direcionando a dívida pública para um caminho decrescente”, comemorou o ministro.
Ao FMI, Guedes também comentou sobre a guerra na Ucrânia. Segundo ele, o Brasil lamenta profundamente a continuação da invasão da Ucrânia, que está causando um sofrimento humanitária inaceitável, e está interrompendo a economia global de maneiras que afetam particularmente as populações pobre e vulneráveis. “Renovamos o nosso apelo a um cessar-fogo imediato para permitir uma solução pacífica do conflito, segundo pela normalização gradual das relações econômicas”, disse o ministro. A guerra na Ucrânia, iniciada no dia 24 de fevereiro, está provocando inflação e recessão em praticamente todos os países.
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