FMI: Tensões geopolíticas geram novos riscos para inflação global

A primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, voltou a criticar a precificação dos mercados de um relaxamento monetário agressivo nas principais economias

Fachada do edifício-sede do Fundo Monetário Internacional em Washington, Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos Foto: Marek Slusarczyk/Wikimedia Commons
Fachada do edifício-sede do Fundo Monetário Internacional em Washington, Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos Foto: Marek Slusarczyk/Wikimedia Commons

A primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, afirmou nesta quarta-feira (17), que ainda é cedo para declarar vitória contra a inflação ao redor do mundo, considerando o aumento nas tensões geopolíticas.

Em entrevista à Bloomberg, Gopinath voltou a criticar a precificação dos mercados de um relaxamento monetário agressivo nas principais economias.

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“Em, 2023, tivemos uma economia mais forte e resiliente do que o esperado, mas não deveríamos nos precipitar”, afirmou a autoridade, nas margens do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Para Gopinath, o cenário econômico deve ceder espaço em 2024 para as preocupações políticas, com o aumento nas tensões e na fragmentação comercial entre países.

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Ela reforçou que essas incertezas políticas se somam ao crescimento ainda elevado dos salários em diversas economias, o que sinaliza que “o trabalho contra a inflação não terminou”.

“Precisamos ser cautelosos ao olhar os dados e nos mover de forma lenta”, pontuou a dirigente, acrescentando que cortar os juros neste momento só iria desequilibrar as expectativas de inflação no longo prazo e arriscar o trabalho da política monetária.

Com informações do Estadão Conteúdo

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