Fusões e aquisições na saúde movimentam R$ 20 bilhões em um ano e aquecem o setor

Do início de 2021 até agora, o segmento já teve 150 transações; companhias buscam ganhar eficiência com o atendimento em rede própria

Piso da enfermagem volta à pauta do Senado - Foto: Hush Naido Jade/Unsplash
Piso da enfermagem volta à pauta do Senado - Foto: Hush Naido Jade/Unsplash

Nos últimos dois anos, o setor de saúde lidera o ranking de fusões e aquisições e reúne as maiores operações de compra de empresas no Brasil. Apenas do início de 2021 até agora, foram cerca de 150 transações, que movimentaram mais de R$ 20 bilhões – mesmo com a perspectiva de desempenho fraco da economia para este ano.

Duas das maiores transações ocorreram nesse período: a fusão, por meio de troca de ações, entre as operadoras de planos de saúde Hapvida e a NotreDame Intermédica – um negócio que cria uma empresa com valor de mercado de mais de R$ 80 bilhões –, e a compra da seguradora SulAmérica pela operadora de hospitais Rede D’or, um acordo de mais de R$ 10 bilhões.

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Duas das maiores transações ocorreram nesse período: a fusão, por meio de troca de ações, entre as operadoras de planos de saúde Hapvida e a NotreDame Intermédica – um negócio que cria uma empresa com valor de mercado de mais de R$ 80 bilhões –, e a compra da seguradora SulAmérica pela operadora de hospitais Rede D’or, um acordo de mais de R$ 10 bilhões.

Do lado dos planos de saúde, a fusão de grandes grupos começa a incomodar, porque já existe a leitura de que as companhias que estão cada vez mais encorpadas irão avançar em mais segmentos no setor de saúde – e com potencial de atrair clientes de concorrentes. Analistas de bancos de investimento afirmam que há mais negócios para sair.

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O sócio da consultoria PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso, destaca que a consolidação está apenas no início, mesmo após um ano de recorde de transações para o setor no ano passado.

Segundo ele, O que explica essas aquisições de hospitais não é apenas que os grandes grupos estão com robustez de caixa, mas também que as empresas estão querendo ganhar massa e racionalizar custos.

Ainda de acordo com o especialista em fusões, uma próxima onda de aquisições envolverá as healthtechs (as empresas de tecnologia do setor de saúde), um crescente alvo das empresas tradicionais do setor.

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