Gasolina, energia e gás de botijão somam mais de um terço da inflação de 10,67%
O preço da gasolina acumula alta de 42,72% nos últimos 12 meses, energia, 30,27%, e gás de cozinha, 30,27%
Na inflação de 10,67% acumulada em 12 meses até outubro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), gasolina, energia elétrica e gás de botijão representam 35,61% da alta, ou pouco mais de um terço. Os itens administrados têm sido a principal fonte de pressão para os preços nos últimos meses.
O preço da gasolina acumula alta de 42,72% nos últimos 12 meses e responde por 2,08 pontos percentuais da taxa de 10,67%. Só em 2021 o preço subiu 38,29%. Outubro foi o sexto mês seguido de alta no combustível, que tem peso de 6,16% no cálculo do IPCA.
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Já o preço da energia elétrica subiu 30,27% no período, com impacto de 1,30 ponto percentual. Com a falta de chuvas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou inclusive a criar um novo patamar de bandeira, a de escassez hídrica, para elevar custo e tentar conter o consumo. A bandeira acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. A energia também tem um peso relevante no cálculo do IPCA, de 5,07%.
O preço do gás de botijão, por sua vez, subiu 37,86% em 12 meses e teve influência de 0,42 ponto percentual na taxa de 10,67% do IPCA em 12 meses. O item teve, em outubro, a 17ª alta mensal seguida de preço. No período, a variação acumulada chega a 44,77%.