Gastos federais dos EUA batem recorde em fevereiro apesar de cortes de Musk

Apesar dos cortes de gastos promovidos por Elon Musk, os EUA registraram um gasto federal recorde de US$ 603 bilhões em fevereiro, um aumento de 7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Os cortes promovidos pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), chefiado pelo empresário Elon Musk, falharam em evitar que os gastos federais dos Estados Unidos atingissem um valor recorde de US$ 603 bilhões em fevereiro.

Essa é a informação trazida por novos dados divulgados pelo Tesouro americano nesta quarta-feira (12).

No primeiro mês completo do novo mandato do presidente Donald Trump, os gastos aumentaram cerca de US$ 40 bilhões em relação ao mesmo mês do ano passado, um crescimento de 7%.

Os novos dados surgem após Musk e seus emissários da Doge terem infiltrado diversas agências governamentais, incluindo os departamentos de Estado e Saúde, além de vários braços do Tesouro.

Como o DOGE vem operando?

Dezenas de milhares de trabalhadores foram suspensos ou demitidos, e milhares de subsídios e contratos governamentais foram cancelados.

O Doge afirma já ter economizado mais de US$ 100 bilhões, mas apenas alguns poucos departamentos registraram quedas nos gastos, segundo o relatório do Tesouro.

Por exemplo, o Departamento de Educação conseguiu cortar US$ 6 bilhões.

Já a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês), que o governo Trump busca desmantelar, ainda teve um gasto de US$ 226 milhões em fevereiro, comparado a US$ 542 milhões no mesmo mês do ano anterior.

Os gastos diretos do Tesouro também dispararam US$ 29 bilhões em relação ao mesmo mês do ano passado, impulsionados por um aumento de US$ 10 bilhões no serviço da dívida mensal, para US$ 86 bilhões, e um crescimento de US$ 14 bilhões em créditos fiscais e pagamentos associados.

Os gastos com defesa permaneceram estáveis no ano, em US$ 61,4 bilhões.

*Com informações do Valor Econômico

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