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Goldman Sachs: serviços e estímulos fiscais continuam impulsionando economia
A recuperação dos serviços e os estímulos fiscais lançados pelo governo federal devem continuar impulsionando a economia no segundo semestre, diz o Goldman Sachs em relatório enviado a clientes. O documento sucede a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) pelo BC, que registrou alta de 1,17% em julho e superou o teto de projeções calculadas pelo Valor Data, de crescimento de 0,40%, e do teto das projeções, que iam de queda de 0,30% a 0,60%.
Em relação ao mesmo período de 2021, o IBC-Br de julho teve alta de 3,87%, subindo 2,09% em 12 meses e acumulando crescimento de 2,52% no ano.
Serviços
Em relatório, o Goldman Sachs destaca que a atividade real na economia brasileira já está 3,5% acima do nível pré-pandemia. O banco prevê que o impacto da reabertura no setor de serviços, principalmente dos prestados às famílias, junto com os estímulos fiscais lançados pelo governo, devem continuar impulsionando a atividade no segundo semestre.
O setor de serviços cresceu acima das expectativas em julho. Dados do IBGE apontam elevação de 1,1% no volume de serviços prestados no Brasil naquele mês — foi a terceira alta seguida do índices, que teve crescimento de 0,80% em junho e 0,40% em maio.
“Esperamos que alguns dos setores de serviços ainda impactados pela covid se recuperem ainda mais nos próximos meses, apoiados em parte por estímulos fiscais renovados consideráveis”, diz a nota do banco americano.
Crescimento do PIB
A instituição financeira estima que os cortes nos impostos sobre o gás de cozinha e combustível, em conjunto com o pacote de medidas adicionais aprovadas pelo governo federal, acrescentem aproximadamente 0,70% de crescimento ao PIB durante o segundo semestre.
Contudo, os economistas do Goldman Sachs seguem ponderando que os efeitos da reabertura econômica do pós-pandemia estão desacelerando e que logo a taxa de Selic, atualmente em 13,75%, deve gerar mais impacto na economia.
“O impacto defasado do recente aperto monetário e financeiro, condições de crédito cada vez mais exigentes, alto nível de endividamento das famílias e desaceleração contínua da economia global devem adicionar ventos contrários à atividade econômica no final de 2022 e no primeiro semestre de 2023”, alerta o Goldman Sachs.
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