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Guedes: ‘Precisamos de isenção tributária para renda fixa’
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na segunda-feira que serão aprovadas medidas de aprofundamento de mercado de capitais brasileiro no Congresso, após o recesso parlamentar. “Precisamos de isenção tributária para [investimentos em] renda fixa”, disse, em discurso durante a posse do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, na sede da autarquia, no Rio de Janeiro.
Outro aspecto reiterado pelo ministro foi o potencial de atrair investimentos que o Brasil tem. Ele comentou que o país já tem sinalizado R$ 800 bilhões em investimentos. “O Brasil tem dinâmica própria de crescimento com o vigor do mercado de capitais”, disse. “Esses R$ 800 bilhões estão vindo, alguns de fora, alguns de dentro, mas vem muito mais”, afirmou.
“Você deixa um país com R$ 800 bilhões de investimento, BC independente, marcos regulatórios, mas tem uma herança maldita”, prosseguiu. “Trilhões de dólares circulando pelo mundo precisam se reposicionar” ponderou, notando que o país poderia ser destino de parte desse volume. “Muito capital produtivo vai continuar procurando porto seguro para investimentos. Brasil vai ser a grande nação que vai receber investimentos”, disse, acrescentando que “a inflação no país pode até ser um pouco maior, mas o país vai crescer”.
Ele acrescentou que o Brasil está expandindo os investimentos na área de energia e investindo em todas as direções. Segundo ele, o Brasil tem a maior capacidade de produção de hidrogênio verde a baixo custo e vai dobrar a produção de energia eólica e solar nos próximos cinco anos.
“O Brasil tem a matriz mais limpa do mundo. Nós vamos dobrar a solar e a eólica nos próximos 4,5 anos. Hoje, a produção eólica já é de 10% e a solar, 5%, mas vamos dobrar. E vamos ser realmente o país com maior capacidade de produção de energia do futuro, que é o hidrogênio verde, a custo barato”, afirmou o ministro. “O gás é a transição entre a economia cinza e a verde.”
Guedes mencionou a Eletrobras, recentemente privatizada, e afirmou que a empresa continuará sendo a maior do setor na América Latina.
O ministro aproveitou para rebater as críticas à política econômica do país, destacando que as contas tiveram superávit enquanto se falava em “populismo fiscal”.
Guedes afirmou ainda que as eleições não têm a ver com transferência de renda. “Quando se faz transferência de renda para quem está comendo à lenha poder comprar no supermercado, é eleitoreiro. Então, deixa pessoa morrer de fome? Eleição não tem nada a ver com transferência de renda”, disse, em seu discurso.
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