Guedes só aceita reduzir imposto sobre a gasolina caso preço do petróleo suba mais

Barril da commodity chegou a ultrapassar US$ 130, mas cedeu, e agora é cotado ao redor de US$ 105

Ministro da Economia, apelidado de "Posto Ipiranga" durante a campanha de 2018, começa a figurar em propagandas do presidente às vésperas da eleição. Foto: Agência Brasil
Ministro da Economia, apelidado de "Posto Ipiranga" durante a campanha de 2018, começa a figurar em propagandas do presidente às vésperas da eleição. Foto: Agência Brasil

Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha dito no último sábado que o governo estuda zerar o PIS/Cofins (imposto federal) sobre a gasolina, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que essa medida só seja tomada caso o preço do barril de petróleo volte a subir e atinja patamares mais altos do que o que foi observado até agora.

Hoje, os impostos federais sobre a gasolina custam R$ 0,69 no litro. De acordo com integrantes do governo, zerar esses tributos custaria em torno de R$ 30 bilhões.

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Na sexta-feira, Bolsonaro sancionou o projeto que zera o PIS/Cofins sobre o diesel, com impacto de R$ 0,33 no litro. O imposto para o querosene de aviação também foi zerado, fazendo o impacto do projeto ser de R$ 20 bilhões, sem qualquer compensação — o projeto dispensou essa exigência, prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal. Todos os impostos sobre os combustíveis custam em torno de R$ 60 bilhões por ano.

A guerra na Ucrânia e as sanções ocidentais à Rússia fizeram o barril de petróleo ultrapassar a barreira dos US$ 130 na semana passada. Com o avanço das negociações por um cessar-fogo e o aumento da produção, o barril já é vendido próximo a US$ 104.

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Por isso, auxiliares de Guedes afirmam que uma ação do governo para a gasolina, nesse momento, não se justifica. O aumento do barril de petróleo fez a Petrobras anunciar na semana passada um reajuste de 18,77% na gasolina e de 24,9% sobre o óleo diesel, após quase dois meses sem aumentos.

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