Mercado ainda tenso com promessa de China ‘lutar até o fim’ após nova ameaça de Trump

- A China respondeu à ameaça de Trump de novas tarifas, prometendo lutar até o fim caso os EUA insistam.
- Trump ameaçou tarifas adicionais de 50% caso a China retalie.
- A China apoiou o mercado de ações e desvalorizou o yuan.
- Mercados globais subiram levemente após quedas recentes.
- Rendimentos dos Treasuries americanos caíram levemente.
- BlackRock mantém posição ‘underweight’ em Treasuries de longo prazo.
- Dólar opera próximo à estabilidade.
- Rumores de pausa nas tarifas foram desmentidos pela Casa Branca.
- Autoridades americanas mostram pouca preocupação com volatilidade e recessão.
- Próximas semanas serão marcadas por notícias da União Europeia, afetando taxas de câmbio.
Powered by TradingView
A China reagiu à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de imprimir tarifas ainda maiores sobre a China, levantando o espectro de uma guerra comercial total entre as duas maiores economias do mundo.
“Se os EUA insistirem em seu próprio caminho, a China lutará até o fim”, disse o Ministério do Comércio do país nesta terça-feira (8).
Trump disse que aplicaria uma tarifa extra de 50% sobre a China se Pequim não desistisse dos planos de retaliar contra as taxas extras que ele anunciou na semana passada.
Em um sinal de que o governo chinês está se preparando para uma batalha prolongada, a China colocou seu peso atrás do mercado de ações e desvalorizou o yuan em relação ao dólar, puxando uma taxa de referência abaixo de um limite-chave pela primeira vez desde o outono de 2023.
Apesar das tensões crescentes, os mercados globais subiram amplamente nas primeiras horas desta terça-feira, reduzindo algumas perdas após uma liquidação contundente de três dias.
Os futuros de ações dos EUA subiam pela manhã, após a reviravolta do mercado na segunda-feira.
Olhando para a renda fixa nos EUA, nesta manhã, os rendimentos dos Treasuries, que são os títulos do governo americano, operam em leve queda, enquanto o mercado continua atento ao noticiário.
Ontem, a BlackRock revelou que mantém posições “underweight” nos Treasuries de longo prazo, ao avaliar os déficits fiscais persistentes dos EUA e a expectativa de continuidade de um nível elevado dos núcleos de inflação.
A gestora espera que os investidores exijam um prêmio maior para manter os títulos de longo prazo na carteira em um ambiente de inflação pressionada, juros altos por mais tempo e perspectiva fiscal “difícil” para os Estados Unidos.
No Brasil, a taxa DI para janeiro de 2026 abriu o dia em 14,745%, um leve aumento em relação ao ajuste de segunda-feira (7). Já a taxa DI para janeiro de 2031 abriu em 14,48% no início da sessão.
Dólar
Powered by TradingView
Já o dólar opera perto da estabilidade contra outras moedas principais na manhã desta terça-feira.
Mais cedo, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas principais, operava em alta de 0,06%, aos 103,313 pontos. Já o euro operava estável (+0,01%), a US$ 1,0915; a libra subia 0,03%, para US$ 1,2737; e o dólar recuava 0,43% contra a moeda japonesa, a 147,16 ienes.
Segundo analistas, o dólar recebeu um breve impulso ontem, após rumores de que Trump poderia considerar uma pausa de 90 dias na implementação de tarifas, o que durou pouco, já que a Casa Branca reagiu e disse que o adiamento era uma “notícia falsa”.
As autoridades do governo americano tem mostrado pouca preocupação com a recente volatilidade elevada dos mercados ou com os riscos crescentes de recessão econômica nos EUA.
As próximas semanas provavelmente serão dominadas por notícias sobre o curso das ações da União Europeia.
E isso provavelmente fará com que a taxa de câmbio suba e desça dependendo do fluxo de notícias.
Leia a seguir