Guillen, do BC: coletiva após decisão do Copom é tema para ‘se pensar’

Diretor sinalizou que a autoridade monetária estuda criar uma pesquisa para conhecer as projeções de empresas do setor não financeiro

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, durante coletiva. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, durante coletiva. Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Abry Guillen, rebateu nesta segunda-feira (17) a avaliação de que a diretoria da instituição só ouve o mercado para tomar suas decisões. Ele lembrou que o BC estuda criar uma pesquisa nos moldes do Boletim Focus com empresas do setor não financeiro.

“É natural que a gente fale bastante com o sistema financeiro, somos os reguladores das entidades financeiras e é esperado que haja essa proximidade. E do ponto de vista de política monetária, essas instituições fazem previsões muito robustas, então ouvi-las contribui para tomar a melhor decisão”, afirmou, na live semanal do BC, cujo tema nesta segunda-feira é “Política Monetária: por que a comunicação é tão importante?”.

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Para o diretor, isso não significa reduzir as conversas com o setor não financeiro. “Temos uma ideia de pesquisa de estimativas com o setor não financeiro. Tal como temos o Focus, teremos um análogo com o setor não financeiro, perguntando para as empresas o que elas estão pensando. Isso não tira a importância ou a relevância do Focus, mas é uma métrica complementar que vale a pena explorar”, avaliou.

Entrevista coletiva

Guillen também disse que a ideia de realizar uma entrevista coletiva logo após as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) é uma tema “para se pensar”. Segundo ele, uma eventual mudança teria a vantagem de evitar quaisquer dificuldades na interpretação dos comunicadores do colegiado.

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“Por outro lado, fazer imediatamente após a reunião, como faz o Fed, pode perder algum tempo de maturação do entendimento da decisão”, disse Guillen, referindo-se ao banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve.

“Na comunicação, o desafio é sempre o ruído versus o sinal. Vários BCs fazem entrevistas após a reunião, alguns após a ata e nós fazemos após o Relatório de Inflação – como outros emergentes”, afirmou na live semanal.

Com informações do Estadão Conteúdo

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